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Autoridades venezuelanas questionam inclusão de refugiado na equipe olímpica

Autoridades venezuelanas questionam inclusão de refugiado na equipe olímpica
Foto: Divulgação/COI

As autoridades esportivas venezuelanas questionaram a inclusão do venezuelano Edilio Centeno na equipe de refugiados que competirá nos Jogos Olímpicos de Paris 2024 na sexta-feira, negando que ele seja vítima de perseguição política no país caribenho.

O Comitê Olímpico Venezuelano (COV) afirmou ter enviado uma comunicação em setembro de 2023 em resposta a um pedido do Comitê Olímpico Internacional (COI) sobre "um grupo de atletas venezuelanos", informando que "não foram proibidos de entrar ou sair do país, sem ter negado o processamento de qualquer documento venezuelano, nem são considerados politicamente perseguidos".

O COI anunciou na quinta-feira os nomes dos 36 membros da equipe olímpica de refugiados de Paris 2024, provenientes do Afeganistão, Síria, Irã, Sudão, Sudão do Sul, República Democrática do Congo, Camarões, Eritreia, Etiópia, Cuba e Venezuela.

Centeno, de 44 anos, competirá na modalidade de pistola de ar de 10 metros na competição de tiro. Ele se mudou para o México com sua irmã Marialejandra, que também está competindo nesta disciplina.

O atirador competiu pela Venezuela em vários eventos internacionais, mas desistiu há cinco anos de continuar após os Jogos Pan-Americanos de Lima 2019, denunciando a falta de condições para se preparar e competir.

"Saio com uma decepção total e absoluta com a liderança do esporte venezuelano", disse na época em um vídeo postado nas redes sociais.

"Apoiamos (aqueles) que estão verdadeiramente deslocados (...), aqueles que foram privados de suas oportunidades na vida; o que nunca podemos apoiar é que alguns se aproveitem de outras circunstâncias para alcançar o que não conseguiram alcançar por conta própria", criticou agora o COV.

O COI criou a Equipe Olímpica de Refugiados em 2015, um ano marcado pelo deslocamento de milhões de pessoas. Ela teve 10 atletas nos Jogos do Rio 2016 e 29 em Tóquio 2020, incluindo outro venezuelano, o boxeador Eldric Sella.

As Nações Unidas estimam que mais de 7,5 milhões de venezuelanos migraram na última década para escapar da grave crise política e econômica do país.

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