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Duelo de gerações marca final da Superliga B feminina de vôlei entre Mackenzie e Brusque

Duelo de gerações marca final da Superliga B feminina de vôlei entre Mackenzie e Brusque
Foto: Daniel Mafra



Os propósitos de Saraelen, do Mackenzie e Jaque Schmitz, do Brusque, eram bem diferentes quando elas aceitaram o desafio de disputar a Superliga B Bet7k feminina 2024. Representantes de diferentes gerações do vôlei brasileiro, as opostas trilharam caminhos distintos, mas, em comum, ajudaram os finalistas a conquistarem a classificação para a elite do vôlei brasileiro e agora estarão frente a frente na final deste domingo (7/4), às 18h30, no Mackenzie Esporte Clube, em Belo Horizonte (MG), com transmissão ao vivo do sportv 2.

O sucesso nas empreitadas das atletas foi confirmado com atuações de destaque nas semifinais da competição. Saraelen foi um dos nomes do Mackenzie na série contra o Curitiba Vôlei (PR), enquanto Jaque roubou a cena no playoff diante do Recife Vôlei (PE), também fechado em 2 a 0. As jogadoras retratam bem o confronto entre experiência e juventude que decidirá a taça.

Com passagens pela seleção brasileira e por grandes clubes do país, Saraelen, de 29 anos, se mudou para a capital mineira com o objetivo de ficar ao lado do marido Alexandre Paranhos, jogador de basquete do Minas Tênis Clube, em meio aos cuidados com a saúde do filho Felipe, que sofre de cardiopatia congênita.

Ao lado da campeã olímpica Sassá, de 41 anos, ela é uma das referências do time mineiro, dirigido pelo técnico Gabriel Leite. Após ajudar o grupo a assegurar o retorno à Superliga após 12 anos, a goiana celebra a escolha feita na carreira e espera dedicar o título aos amores de sua vida.

“O que mais pesou em ter vindo para Belo Horizonte foi minha família. Sou casada, meu marido joga no Minas Tênis Clube e o meu filhinho, o Felipe, de três anos, tem cardiopatia congênita. Vim pensando em cuidar dele. Ao mesmo tempo, jogar a Superliga B Bet7k está sendo uma bela oportunidade. Eu aconselho muitas jogadoras a ajustarem a rota e fazerem o mesmo, para ganhar tempo de quadra e experiência”, afirma Saraelen. 

“Estamos preparadas para um grande desafio. Não foi fácil chegarmos à final, mas somos um time que deposita muita confiança em quem está aqui. Isso nos fortaleceu. O Abel Moda Vôlei/Brusque é a única equipe que nos venceu e tem jogadoras inteligentes, com a energia da juventude. Vamos focar na serenidade e na paciência, em sermos obedientes taticamente para sairmos com a vitória”, completou a jogadora.

No decorrer da carreira, a jogadora se acostumou a atuar como central, posição em que ajudou a seleção brasileira a conquistar o título do Grand Prix em 2017. Agora, ela exerce a função de oposta no Mackenzie,  em uma experiência que é motivo de felicidade.

“Eu estou achando ótimo. É muito diferente jogar de central e de oposta. É meu segundo campeonato profissional nessa posição e estou feliz, ainda mais porque você fica o tempo todo envolvida na quadra, então a sua atenção fica lá no alto. Não dá tempo de sair e ver o jogo de fora. Isso é muito gostoso”, conta a jogadora.

Do outro lado, a catarinense Jaque, de apenas 20 anos, buscava uma oportunidade de mostrar seu voleibol em nível nacional adulto como titular pela primeira vez na carreira. Campeã sul-americana sub-20 em 2022 e medalhista de bronze no Mundial sub-21 de 2023 com a seleção brasileira, a atacante destaca a união do grupo comandado por Maurício Thomas.

“Está sendo maravilhoso jogar a Superliga B, pois a competição começou a ter um papel maior no cenário nacional, o que permite a muitos atletas ganharem rodagem e experiência para se firmarem e serem vistos”, diz Jaque, que tem a bicampeã olímpica Sheilla como inspiração.

O jovem elenco conta com outros nomes de destaque da nova geração, como a central Gláucia, de 19 anos, as ponteiras Manu e Tainá, de 21, e a líbero Gabi Santin, também de 21. O conjunto deu liga e mostrou personalidade para chegar à decisão.

“O nosso diferencial como equipe foi nos fecharmos em um único objetivo e todas terem comprado a briga. Acredito que essa final vai ser decidida nos detalhes, porque os dois times estão muito constantes. Vai ser um ótimo jogo da juventude contra a experiência”, projeta Jaque, que tem passagem pelo Sesi Vôlei Bauru na divisão de elite do país.

Na disputa pelo terceiro lugar da Superliga B feminina, o Recife Vôlei recebe o Curitiba Vôlei (PR) também neste domingo (7/4), às 16h, na AABB Recife,

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