Presidente do Comitê olímpico colombiano vê 'mãos ocultas' do Paraguai na decisão de tirar o Pan de 2027 de Barranquilla

Santiago 2023/Divulgação

O presidente do Comitê olímpico colombiano Ciro Solano se pronunciou após a Panam Sports retirar o direito de Barranquilla ser a sede dos Jogos Pan-americanos e Parapan-americanos de 2027. Ele criticou a intransigência da Panam Sports, já que a primeira parcela de 4 milhões de dólares que seria a garantia da realização dos jogos  tinha vencido em 31 de dezembro de 2023:

"Qualquer empresário, qualquer pessoa, pode atrasar um pagamento por dois, três, quatro dias. Como é que a Panam Sports não pode esperar alguns dias para um país que está fazendo um grande esforço para pagar?" disse Solano ao jornal El Heraldo, da Colômbia

Segundo o presidente do COC, será enviada uma carta ao COI  onde serão discutidos os princípios dos Jogos para que aceitem uma reconsideração, já que os motivos para a retirada de Barranquilla como sede são meramente financeiros: " Aqui a única coisa que tem precedência é o talão de cheques". Outra tentativa dos colombianos será pedir ao Chile que intervenha e ajude os colombianos a reverterem a decisão da Panam Sports, segundo o jornal El Universal.

Para a Radio Blu da Colômbia, Solano opinou que o rápido anuncio da Panam Sports tem um motivo: O interesse do Paraguai em sediar estes jogos: "Uma decisão tão radical e imediata não poderia ser tomada assim (...). A verdade é que vejo mãos ocultas e isso é uma grande realidade . Quando digo mãos ocultas quero dizer que tem um paraguaio, integrante do Panam Sports, que sempre quis a sede do Pan fosse no Paraguai e conseguiu o que queria"

Apesar das divergências entre o governo federal e o de Barranquilla, Solano agradeceu os esforços das autoridades em tentar resolver o problema antes do prazo dado pela Panam Sports, que até o momento, não anunciou se terá um segundo processo de candidatura ou outra cidade será escolhida pela entidade sem precisar de votação.