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Jovem talento do Parabadminton, Ana Carolina Reis conta as emoções do ouro no Parapan e os desafios para 2024

Saulo Cruz/CPB

Ana Carolina Reis é um dos jovens valores do parabadminton. A atleta de 19 anos da classe SL4 (Classe funcional de pessoas com deficiência nos membros inferiores ou superiores que andam ) conquistou o ouro no torneio de simples nos jogos Parapan-americanos em Santiago e agora parte para o desafio de se classificar para a paralimpíada de Paris.

Em entrevista exclusiva para o Surto Olímpico, Ana Carolina se vê um pouco longe da vaga paralímpica no momento, mas espera brigar por ela até o fim da classificação, em abril:

"2024 é um ano muito importante para mim, onde acontecerá várias mudanças. Estou ansiosa para viver tudo que está planejado viagens treinos e tratamento de lesões para evoluir mais e mais. Minha preparação vem com novas formas e métodos sempre para buscar o melhor desenvolvimento para todos os torneios do ano 2024. Vai ser um ano bem intenso, nos treinamentos e recuperação. Desde 2022 eu e minha equipe trabalhamos pesado para a tão sonhada medalha no Parapan. Nesse novo ano quero me cuidar mais do físico e mental para poder dar mais que 100% na quadra e Já me preparar para o novo ciclo tanto no simples quanto na dupla mista ." explicou Ana Carolina

Ana Carolina também comentou sobre o crescimento do parabadminton no Brasil, onde os atletas conquistaram muitas medalhas no último Parapan: A modalidade vem crescendo e sendo mais vista pela sociedade acho que isso dá um up bem grande. Ao meu ver que o parabadminton está sendo mais respeitado e garantindo seu espaço . No próximo parapan espero ver mais brasileiros ainda subindo ao pódio, pois cada medalha conquistada em competição desperta mais atletas seguirem focados e trabalhar para o mesmo intuito que é trazer mais medalhas ao nosso país."



Ana, revelou que se sentiu  um pouco pressionada no parapan e teve momentos durante a competição que em que a insegurança apareceu, mas no final pode comemorar sua maior conquista na carreira até o momento: 

" O Parapan foi uma competição cheia de emoção! Tinha um peso enorme nas minhas costas porque no último ano (2022) fui campeã Sul-americana, então eu sentia uma pressão enorme. E com isso me gerava uma insegurança e uma ansiedade durante toda a competição, em especial contra a jogadora do Canadá, porque eu nunca tinha ela visto jogar e nem a conhecia (nota: o confronto foi contra Olivia Meier, na semifinal). Então, ficava muito ansiosa e com medo de decepcionar todos que trabalharam comigo para esse evento. Fico muito feliz por ter refletido bem todo o trabalho feito e dedicado apenas para o torneio." 

Quando perguntada sobre o capacitismo, Ana Carolina Reis não titubeou. Ela, que nasceu com deformidade de Sprengel (que causa restrições no movimento do ombro) no membro superior esquerdo, e começou a praticar o parabadminton após ser abordada na academia onde fazia musculação, disse que as coisas tem melhorado, mas muita gente ainda olha a pessoa com deficiência como 'coitadinha':

"Muitas pessoas continuam a nos olhar como 'coitadinhos'. Não somos 'coitadinhos'. Claro que às vezes precisamos de algum auxílio ou ajuda, mas isso não nos torna incapaz de fazer as coisas que todos fazem. Fazemos com adaptações ou com um tempo maior ."

E se a vaga paralímpica vier, vai dar para ter um dia de turista em Paris? Segundo Ana Carolina, dá pra dar um jeitinho. E ela já tem um roteiro definido: "Gostaria de tirar aquela famosa foto embaixo da Torre Eiffel, conhecer o Museu do Louvre e agradecer na Catedral de Notre-Dame, entre vários outros lugares incríveis em Paris." concluiu a jovem atleta.



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