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Foto: Julio Detefon/CBSK |
O segundo dia de sessões de treino nos Jogos Pan-Americanos começou com frio para o Park feminino. O sol apareceu no final da manhã da quarta-feira (19), com o Park masculino na pista, e permaneceu nos trabalhos que seguiram com o Street feminino e masculino, respectivamente.
Em Santiago (CHI), as disputas do skateboarding acontecem com final direta no final de semana. A Esplanada dos Esportes Urbanos, no Parque Estádio Nacional, receberá o Street no sábado (21) e o Park no domingo (22). As quatro finais serão transmitidas ao vivo no YouTube pela Cazé TV.
“A gente chegou de domingo para segunda. Foi um pouco cansativo porque a gente chegou bem tarde e teve que se alimentar e arrumar o skate. No outro dia nosso treino era às 9h da manhã. Então ontem foi mais para reconhecer, sentir as rampas. E hoje já foi um treino mais específico. De colocar a linha no lugar. Hoje foquei um pouco mais na linha e amanhã vou focar em algumas manobras e também nas tricks soltas. Porque aqui também são duas voltas e cinco manobras. Está sendo irado”, destaca Pâmela Rosa.
No total, o Brasil conta seis skatistas em solo chileno: Gabryel Aguilar, Lucas Rabelo, Pâmela Rosa e Rayssa Leal no Street; e Augusto Akio e Raicca Ventura no Park.
O formato do Street será 2 voltas de 45 segundos e 5 tentativas de manobra, com a nota final sendo composta pela melhor volta e pelas duas melhores manobras.
No Park, serão três voltas de 45 segundos, valendo a volta de melhor nota.
“A pista é um pouco diferente. O flow dela tem que pensar bem. Tem que tentar encaixar com calma. Ainda bem que a gente tem mais dois dias de treino para poder nos adaptarmos melhor. Mas tem um corrimão grande que é onde eu gosto bastante de andar. Então posso dizer que eu gostei da pista sim e que tem algumas coisas boas para soltar”, comenta Lucas Rabelo.
“A pista é muito boa. É completa. Tem todos os obstáculos que têm em todas as pistas. Eu gostei. Me identifiquei com a pista. Ela é alta. Tem parte baixa também. É perfeita. Acho que já estou com a minha linha. Só falta executar algumas partes”, destaca Raicca Ventura.
A definição dos nomes que representam o skateboarding nacional teve como base o ranking mundial olímpico e o Pan-Americano Júnior, em 2021.
Pelo ranking, garantiram vaga para os Jogos Pan-Americanos os melhores brasileiros (4 vagas no total - 1 para cada modalidade e categoria) em 5 de julho. Até essa data, o ciclo para Paris 2024 contou com três disputas no Street (Pro Tour - Roma-ITA 2022 e 2023 e Mundial de 2022 - Sharjah-EAU, em janeiro de 2023) e duas no Park (Mundial de 2022 - Sharjah-EAU, em janeiro de 2023, e Pro Tour de San Juan-ARG).
No atual ciclo olímpico, Rayssa Leal se tornou campeã mundial de Street em Sharjah (EAU) e Gabryel Aguilar segue como um dos grandes nomes da nova geração, garantindo ouro nos Jogos Sul-Americanos de Praia 2023. No Park, Augusto Akio se sagrou vice-campeão mundial em Sharjah (EAU) e Raicca Ventura foi a terceira colocada no Pro Tour de San Juan (ARG).
“É a primeira vez (que venho para o Chile). Isso é uma coisa que eu gosto nos campeonatos. Lugares novos, amigos novos de vários países. Várias línguas diferentes”, afirma a brasileira.
A skatista também comenta como está sendo a experiência dentro da Vila. “A gente come juntos, socializa com os gringos também dos outros países. A hora de comer é a hora mais legal. Você até fica trocando os pins. Estou cheia de pins de outros países. Você vê todos os países lá comendo e você comendo com o seu país. É muito da hora. É muito diferente para mim porque não fui para as Olimpíadas. Então é legal porque é uma preparação também para as Olimpíadas. É legal estar com todos os países e você também vê os brasileiros de outras modalidades e outros esportes. Fico pensando: Nossa! Nas Olimpíadas deve ser muito legal”.
Além dessas quatro vagas, Pâmela Rosa e Lucas Rabelo asseguraram lugar no Pan ao se sagrarem campeões dos Jogos Pan-Americanos Júnior, em 2021 - só houve disputas de Street na competição.
“É uma sensação de orgulho. Entro na Vila e olho ao meu redor. Todos os prédios com cada país. As pessoas uniformizadas. Às vezes é até difícil de ver quem é quem, de qual esporte que é. E também tem pessoas que a gente conhece por nome, por conquistas e talento. Então é uma sensação muito única. Orgulho de fazer parte de todos eles e viver essa sensação pré-olímpica ou num estilo olímpico”, completa Lucas Rabelo.
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