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CPB anuncia segunda leva de convocados para os Jogos Parapan-americanos

Alessandra Cabral/CPB


O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) divulgou nesta terça-feira (3) os nomes de 108 atletas, 10 atletas-guia, três calheiros e dois goleiros de cinco modalidades que representarão o país nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023, que acontecerão de 17 a 26 de novembro. As Seleções de natação e tiro esportivo serão convocadas na próxima terça-feira (10) quando toda a delegação brasileira estará completa.

Foram anunciados nesta terça-feira atletas do atletismo, basquete em cadeira de rodas, bocha, futebol de cegos e tênis em cadeira de rodas. A convocação da Seleção Brasileira que irá aos Jogos Parapan-Americanos está sendo realizada ao longo de três semanas. Na anterior, foram divulgados 169 atletas de 15 modalidades. Com isso, até o momento, já foram convocados 277 atletas de 15 modalidades para a competição em Santiago.

“Essa será a maior delegação paralímpica brasileira da história em Jogos Parapan-Americanos. Só temos a agradecer a todas as confederações, clubes, treinadores, equipes multidisciplinares e atletas pela dedicação e árduo trabalho desenvolvido ao longo dessa jornada. Nossos atletas estão chegando muito bem preparados aos Jogos e tenho certeza que irão trazer muitas medalhas para o Brasil”, afirmou Jonas Freire, diretor de Esportes de Alto Rendimento do CPB.

O atletismo contou com o maior número de atletas na convocação: 60, sendo 35 homens e 25 mulheres, além de nove atletas-guia. Campeões paralímpicos e mundiais como os lançadores Alessandro Silva, Claudiney Batista e Beth Gomes, os velocistas Petrúcio Ferreira e Jerusa Geber o fundista Yeltsin Jacques estão entre os convocados.

O atletismo é uma das modalidades mais vencedoras na missão brasileira em Jogos Parapan-Americanos. Em Lima 2019, foram conquistados 82 pódios no total nas provas de pista e campo, sendo 33 ouros, 26 pratas e 23 bronzes.

Para representar a bocha, a lista desta terça-feira traz 10 atletas e três calheiros. Entre os selecionáveis da equipe brasileira da bocha no Parapan, estão nomes como Evelyn Oliveira, porta-bandeira do Brasil nos Jogos Paralímpicos de Tóquio, Andreza Vitória, atual campeã mundial da classe BC1 e Maciel Santos, m dos mais experientes da Seleção, tendo o bronze pela classe BC2 em Tóquio 2020 e ouro no individual e prata por equipes em Lima 2019, entre as suas principais conquistas na carreira.

Mas a segunda maior convocação do dia é a do basquete de cadeira de rodas, com 24 atletas, sendo 12 homens e 12 mulheres: “Tivemos uma preparação intensa, com muitos treinos e jogos. Agradecemos ao CPB pelo apoio durante todas as etapas desse período. Com certeza, vamos em busca da nossa vaga para os Jogos de Paris 2024”, afirmou Mário Belo, presidente da Confederação Brasileira de Basquete em Cadeira de Rodas (CBBC).

Em Santiago, apenas o país campeão no basquete em cadeira de rodas terá vaga direta para os Jogos de Paris 2024. O vice-campeão terá direito ainda a disputar um torneio qualificatório em abril do ano que vem na França, para o masculino, e no Japão, para o feminino. A última participação da modalidade em Jogos Paralímpicos aconteceu no Rio 2016, quando o Brasil foi o país-sede da competição.

No time nacional do futebol de cegos convocado para a competição continental, com oito atletas e dois goleiros e o destaque é a volta do meia Ricardinho, tetracampeão dos Jogos Paralímpicos e eleito o melhor jogador do mundo duas vezes: em 2006 e em 2014, que lesionado, não disputou o mundial da modalidade, onde o Brasil ficou em terceiro lugar e perdendo uma hegemonia de 17 anos. No Peru, o Brasil buscará o pentacampeonato no futebol de cegos após as conquistas da medalha de ouro em Lima 2019, Toronto 2015, Guadalajara 2011 e no Rio 2007.

Já a Seleção Brasileira de tênis em cadeira de rodas no Parapan será representada por seis atletas, com destaque para Ymanitu Silva e Gustavo Carneiro.

Desde 2007, quando a competição passou a ser realizada na mesma sede dos Jogos Pan-Americanos (tal qual ocorre nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos), os atletas brasileiros não conhecem outro resultado que não seja o primeiro lugar no quadro geral de medalhas. Foi assim no Rio 2007, em Guadalajara 2011, Toronto 2015 e Lima 2019.

Neste último, o Brasil entrou para história com recorde de conquistas. Após nove dias de disputas, nossos atletas chegaram à inédita marca de 308 medalhas, entre as quais 124 de ouro, 99 de prata e 85 de bronze. Nunca nenhum país somou tantas vitórias em uma única edição de Parapan.

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