Enfim, neste sábado (26), o Brasil subiu ao lugar mais alto do pódio e conquistou o primeiro ouro do país em um Campeonato Mundial de halterofilismo. A façanha foi alcançada pela campeã paralímpica Mariana D’Andrea, de 25 anos. Para completar o grande dia, a brasileira também se tornou dona da maior marca do mundo na categoria até 79kg, ao suportar 151 kg em seu terceiro movimento.
O resultado de Mariana já garante ao Brasil sua melhor campanha em
um Mundial de halterofilismo. Agora, o país tem uma medalha de ouro e uma de
bronze, esta da mineira Lara Lima, na disputa da elite da modalidade (veja como foi). Além disso, a delegação obteve um ouro entre os juniores, também de Lara
(veja também).
O Campeonato está sendo disputado em Dubai, nos Emirados Árabes, teve
seu início na terça-feira (22) e vai até o dia 30 de agosto no hotel Hilton
Habtoor City, onde as delegações estão hospedadas.
O ouro de Mariana, que havia sido vice-campeã na Geórgia em 2021,
mas na categoria até 73 kg, veio após uma disputa quilo a quilo com a nigeriana
Bose Omolayo, até então líder do ranking na categoria até 79 kg. Mariana
encerrou a primeira rodada com 141 kg levantados, ante 140 kg da rival. Na
segunda tentativa, a paulista suportou 146 kg e a nigeriana 145 kg.
No seu terceiro e ultimo movimento, a nigeriana registrou a marca de
150 kg, colocando pressão sobre a brasileira. No entanto, Mariana ergueu 151
kg, garantindo o ouro e o novo recorde mundial da paullista, que nasceu em Itu
e tem baixa estatura.
A prova teve ao todo três quebras do recorde mundial, que era de
Bose, responsável por levantar 145kg, em outubro de 2022. Mariana estabeleceu
novas marcas ao suportar 146 kg e 151 kg, enquanto a própria nigeriana, por um
momento, também chegou a recuperar o posto de recordista mundial ao erguer 150
kg.
O Brasil chega a seu sétimo pódio em Campeonatos Mundiais, o
terceiro de Mariana. Em provas individuais, esta foi a quinta medalha, o
primeiro ouro. A paulista agora soma este ouro e uma prata (Geórgia 2021);
e três bronzes, com a mineira Lara Lima (Dubai 2023), o baiano Evânio
Rodrigues da Silva (México 2017) e a paranaense Márcia Menezes (Dubai
2014). Todos os medalhistas participam do Mundial de Dubai em 2023.
Além dessas medalhas, o país tem duas pratas com seu time misto, na
Geórgia, em 2021, e no Cazaquistão, em 2019, esta última com a
participação de Mariana.
Na mesma disputa de Mariana, a mineira Caroline Fernandes ergueu 116 kg e ficou com a sétima posição. O bronze foi para a chinesa Miaoyu Han, que ergueu 140kg.
Mais cedo, na prova da categoria até 73 kg, Ângela Teixeira
suportou 103 kg em sua terceira tentativa, após dois movimentos anulados, e
igualou a marca obtida na Seletiva para os Jogos Parapan-Americanos de
Santiago. Na mesma disputa, Laira Guimarães
ergueu 101 kg em sua segunda e melhor tentativa. As halterofilistas ficaram na
décima primeira e décima terceira posições, respectivamente.
O pódio foi formado pela nigeriana Kalifa Almaruf, com o ouro
(140kg), pela chinesa Xu Lili, prata (134 kg), pela francesa Souhad
Ghazouani bronze (131 kg). Após a competição, Kalifa ainda propôs um desafio ao
recorde Mundial de 150kg, que pertencia à francesa Souhad desde 2013, e
conseguiu suportar 151 kg, nova marca da categoria.
As disputas deste domingo (27) terão dois participantes dos últimos
Jogos Paralímpicos. O paulista Bruno Carra, 34, e o potiguar João Maria França
Junior, 27, competem juntos na categoria até 54 kg. Além deles, três
brasileiros estreiam em um Mundial neste domingo.
Confira a programação dos brasileiros em Dubai neste domingo (27)
4h45 - Bruno Carra e João Maria França Junior - Categoria até 54kg
9h55 - Ana Paula Marques e Naira Célia da Cruz - Categoria até 61kg
11h15 - José Arimateia Lima - Categoria até 97kg
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