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O velocista Paulo André Camilo conquistou nesta quinta-feira (6) o ouro nos 100m do Troféu Brasil de Atletismo, que está sendo realizado em Cuiabá.
As semifinais foram movimentadas, com dois velocistas abaixando de 10s. Felipe Bardi (SESI-SP) venceu a segunda série, com 9.97 (+2.1) – o limite é 2,0 m/s. Já Paulo André ganhou a segunda série, com 9.99 (+2.4). Paulo André já havia corrido abaixo dos 10 segundos em 2019, com 9.90 (+3.2), em Bragança Paulista (SP), também com vento acima do permitido.
Paulo, que conseguiu o ouro pela sexta vez na competição, ganhou com o tempo de 10s15 e vento de +0.2s. Rodrigo do Nascimento foi o segundo colocado, com 10s17 e Felipe Bardi fez 10s20 e completou o pódio.
“Estou com sentimento de alivio, de missão cumprida e muito feliz pela vitória. É até difícil falar. Agradeço a Deus porque estou só com três semanas de treinamento, depois que me recuperei de uma lesão no posterior da coxa direita, quando voltei a competir”, lembrou o atleta paulista, radicado no Espírito Santo, de 24 anos. “Isso mostra mais uma vez a importância de todos acreditarem nas suas possibilidades.”
Paulo André, que contou com a torcida de seu filho, Peazinho, do pai e treinador Carlos José Camilo de Oliveira e de dezenas de fãs arregimentados no BBB, disse que o Brasil terá uma equipe muito forte no 4x100 m na Olimpíada de Paris-2024 e que em nenhum momento duvidou de sua volta às pistas. “Eu amo o que eu faço e sempre estive confiante. No meu retorno, tive de dedicar 100% porque só 99% não é suficiente no esporte de alto rendimento”, comentou o atleta, que foca agora todas as suas atenções para o Campeonato Sul-Americano, que será disputado de 28 a 30 de julho, no Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa, em São Paulo.
Vencedor das edições de 2017, 2018, 2019, 2020 e 2021 do Troféu Brasil, Paulo André acumulou um bom dinheiro no período em que viveu no mundo das celebridades. “Não preciso mais pensar nas contas a pagar e investi na minha carreira de atleta. Agora tenho um fisioterapeuta e um massoterapeuta que, se precisar, ficam 24 horas comigo”, afirmou o hexacampeão.
Ao final da prova, o vice-campeão Rodrigo Nascimento (Pinheiros-SP), juntou todos os finalistas para dar parabéns ao vencedor em frente das arquibancadas. “Sabemos o quanto é difícil termos torcedores no estádio e por isso agradecemos o apoio do público. Soube que até apostas estavam fazendo sobre quem ganharia”, comentou Rodrigo.
Paulo André abriu também uma possibilidade de ser integrante do revezamento 4x100 m no Mundial de Budapeste, Hungria, de 19 a 27 de agosto. Para o revezamento 4x100 m serão convocados atletas com índice nas provas dos 100 m e 200 m e qualificados pela cota do Ranking Mundial. Ser o campeão do Troféu Brasil também pode assegurar participação.
Lorraine Martins vence os 100m feminino
Nos 100m feminino, Lorraine Martins fez uma excelente prova final, conquistando pela primeira vez a medalha de ouro da especialidade na competição, com o tempo de 11.16 (0.1), novo recorde pessoal. O anterior era de 11.24, obtido em maio deste ano, em Bragança Paulista (SP). Com o resultado, ela assumiu a liderança do Ranking Brasileiro.
“Estou muito feliz. Ser campeã brasileira nos 100 m e de quebra com meu melhor resultado. Sou carioca e gosto muito do calor e aqui tive as condições ideais para correr bem”, disse Lorraine, que em junho conseguiu o recorde pessoal também nos 200 m, correndo pela primeira vez abaixo dos 23 segundos: 22.99, em junho, na Estônia. “Faço questão de agradecer a Deus, ao meu técnico (Renan Valdiero) e aos meus companheiros de equipe.”
Lorraine, de 23 anos, que ainda vai disputar os 200 m, tem tido uma ótima temporada e espera repetir a vitória no Campeonato Sul-Americano de Atletismo, que será disputado de 28 a 30 de julho, no Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa, em São Paulo. “O título nessa competição é muito importante pensando na qualificação para o Campeonato Mundial de Budapeste”, lembrou, referindo-se ao evento que será disputado de 19 a 27 de agosto, na Hungria.
O treinador Renan Valdiero fez questão de abraçar a sua atleta, logo após a conquista do ouro. “Ela é uma velocista de grande potencial e tem muito o que evoluir”, comentou Renan, que orienta a campeã desde outubro de 2022, no Rio de Janeiro, nas pistas do CDA, da Aeronáutica, e da Urca, no Exército.
O pódio foi formado totalmente por atletas do Pinheiros. Vitória Rosa conquistou a prata, com 11.24, enquanto Ana Carolina Azevedo levou o bronze, com 11.25.
A premiação tanto dos vencedores do feminino quanto do masculino foi feita pelo governador do Estado do Mato Grosso, Mauro Mendes .
Mariana Grazielly Marcelino (UCA-SC) venceu o lançamento do martelo e comemorou o seu nono título, oitavo consecutivo, no lançamento do martelo feminino. As atletas da Sogipa-RS Mveh Viviane Graciele com a prata (60,90 m) e Tania Ancelmo da Silva (59.82 m) com o bronze também foram ao pódio da prova. "Agora vou ao Sul-Americano para encaixar um bom lançamento e ganhar a competição", disse Mari.
Caio Bonfim vence a Marcha de 20km
O brasiliense Caio Bonfim (CASO-DF) ganhou a prova dos 20 km da marcha atlética, com direito a recorde da competição, disputados na manhã desta quinta-feira (6/7), num circuito de 1 km montando na Avenida Parque do Barbado, Jardim das Américas, em Cuiabá.
Caio completou as 20 voltas em 1:20:55, melhorando o seu recorde anterior, que era de 1:21:25, obtido em São Bernardo do Campo (SP), em 2017. “Estou muito feliz por melhorar a minha marca no Troféu Brasil, depois de seis anos. Isso me dá ainda mais confiança para treinar para o Mundial de Budapeste”, disse, referindo-se à principal competição da modalidade de 2023, que será disputada de 19 a 27 de agosto, na Hungria.
Já qualificado para os Jogos Olímpicos de Paris-2024, Caio foca agora a participação no Mundial. Por isso, abriu mão de disputar o Campeonato Sul-Americano, a ser realizado de 28 a 30 de julho, no Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa, na Vila Clementino, em São Paulo. Ele embarca no dia 22 de julho para Sierra Nevada, na Espanha, onde fará um camping de treinamento em altitude.
“O Sul-Americano será muito perto do Mundial. Quero fazer uma excelente preparação para obter um bom resultado na Hungria”, comentou Caio, ganhador da medalha de bronze nos 20 km no Mundial de Londres-2017.
Na prova desta quinta-feira, ele ficou satisfeito com o desempenho, elogiou o circuito e gostou do clima. “Mantive o ritmo desde o início e fiquei extremamente contente com o recorde. O percurso é bom e o clima estava agradável na largada da prova”, comentou sobre os 21 graus, registrados às 6:10 (7:10 de Brasília).
Apoiado pelos pais e treinadores (João Sena e Gianetti Bonfim), a esposa Juliana e os filhos Miguel e Theo, Caio ainda disputa domingo (9/7) a prova dos 35 km “para ganhar volume de competição”. O marchador de 32 anos está tendo uma excelente temporada. No mês passado, por exemplo, no GP de La Coruña, na Espanha, ele quebrou o recorde brasileiro, com 1:18:29 – a segunda melhor marca da história na América do Sul.
Matheus Gabriel de Liz Correa (AABLU-SC) e Max Batista dos Santos (CASO-DF) ficaram em segundo e em terceiro lugares, com 1:24:15 e 1:24.24, respectivamente. "Gostei muito da prova e do segundo lugar", disse Matheus, que assim como Caio representou o País na Olimpíada de Tóquio-2021.
No feminino, a vitória foi de Gabriela de Souza Muniz (CASO-DF), com 1:33:21. Ela cruzou a linha de chegada extremamente cansada, mas satisfeita. Depois de se recuperar, comemorou o recorde pessoal. O anterior era de 1:34:43. “Melhorei mais de 1 minuto minha marca e estou muito feliz. O objetivo é sempre melhorar, mas não esperava tanto. Gosto de competir com clima mais frio, mas acabou dando tudo certo.”
Gabriela não sabe se vai disputar os 35 km no domingo, pois “depende dos treinadores”. Com a vitória, a marchadora brasiliense assegurou vaga no Sul-Americano de São Paulo.
Gabrielly Cristina dos Santos (FECAM/ASSERCAM-PR) ficou com a medalha de prata, com 1:43.44, enquanto Mayara Luize Vicentainer (AABLU-SC) foi a bronze, com 1:44.42.
Érica Sena (Pinheiros-SP) e Viviane Lyra (Praia Clube/Exército/Futel-MG), duas das melhores marchadoras do País, não competiram. Érica preferiu manter seus treinos para o Mundial em Cuenca, no Equador, enquanto Viviane se recupera de uma hepatite.
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