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Brasil encerra mundial de atletismo paralímpico com recorde de medalhas


Alexandre Schneider/CPB

O Brasil encerrou o mundial de atletismo paralímpico em Paris nesta segunda (17) com a missão cumprida. A delegação de 54 atletas e 11 atletas-guia conseguiu superar a marca da edição de Dubai em 2019 e conquistou o maior número de medalhas em uma mesma edição de mundial.

Com sete pódios (dois ouros, duas pratas e três bronzes) neste último dia de provas, o país terminou a competição com 14 ouros, 13 pratas e 20 bronzes, com duas medalhas a mais do que os chineses (47 a 45). No entanto, os brasileiros ficaram na vice-liderança do quadro geral de medalhas por uma diferença de dois ouros para os asiáticos – foram 14 contra 16. 

Entre as finais do último dia na capital francesa, o paraibano Petrúcio Ferreira manteve a hegemonia de quase oito anos na prova dos 100m da classe T47 (amputados de braço) e conquistou o tricampeonato mundial ao chegar em primeiro com o tempo de 10s37, cravando o novo recorde da competição. Petrucio não perde os 100m T47 desde os Jogos Parapan-Americanos de Toronto 2015. 

"Cada conquista para mim é como se fosse a primeira. Eu sempre lembro de onde eu vim. Essa conquista vale muito para mim. Quem é atleta sabe qual é a nossa dedicação do dia a dia, os momentos difíceis que a gente passa. É tudo por um sonho. Agradeço à minha família, ao meu treinador Pedrinho, à torcida e à minha esposa, que passou vários momentos complicados ao meu lado. Não larguei tão bem, errei na mina terceira passada. Poderia ter acertado mais, mas saio feliz com meu terceiro mundial", afirmou Petrúcio ao site da CPB.

E a prova dos 100mT47 teve dobradinha com José Alexandre, que ficou com a prata com 10s73. E quase tivemos pódio triplo, mas Washington Nascimento terminou em quarto lugar com 10s88, três centésimos atrás do medalhista do Bronze de Kevin Santos da Grã Bretanha.

Alexandre Schneider/CPB

A outra medalha de ouro do dia foi de Jerusa Geber, que conquistou a sua segunda medalha de ouro na competição ao vencer os 200m T11 (cegas) com o tempo de 24s63, novo recorde da competição. A potiguar Thalita Simplício fez novamente a dobradinha no pódio com a patriota ao chegar em terceiro lugar, com 24s88, seu melhor índice na temporada. Ambas já haviam subido ao pódio juntas na prova dos 100m. 

"A nossa prova preferida é a dos 100m. Não esperávamos fazer isso tudo nos 200m e conseguir o ouro. Quando a China está na prova, é sempre com muita emoção. Mas sair da competição com dois ouros, com dois recordes da competição, e como a atleta com mais medalhas em Mundiais é maravilhoso. Só tenho a agradecer", afirmou Jerusa ao site da CPB.

Vinicius Rodrigues conquistou a medalha de prata na final dos 100m da classe T63 (para amputados de membros inferiores com prótese). A segunda colocação foi obtida nos últimos metros da prova, quando o brasileiro conseguiu ultrapassar o alemão Leon Schaefer e venceu por uma diferença de dois centésimos: 12s16 diante dos 12s18 do adversário. O holandês Joel de Jong ganhou o ouro, com 12s09. 

Entre os outros brasileiros presentes em finais no último dia do Mundial de Paris, o catarinense Edenílson Floriani levou a medalha de bronze no arremesso de peso F42 (deficiência nos membros inferiores); Rayane Soares foi bronze na classe T13 (deficiência visual) após curzar a linha de chegada quatro centésimos à frente da francesa Nantenin Keita – foram 57s90 contra 57s94.

Nas outras finais com brasileiros, Fernanda Yara completou a final dos 200m T47 na quarta colocação, em 26s08. Beth Gomes terminou em quinto do lançamento de dardo da classe F53 (que competem sentados), com a marca de 12,85m; O paulista Paulo Cézar Neto, da classe T20 (deficiência intelectual), terminou a disputa no salto em distância na décima colocação, com 6,18m, seu melhor índice na temporada. Paulo Henrique Reis encerrou a sua participação no sexto lugar no salto em distância T13 (deficiência visual) com 6,72m.

Agora os atletas brasileiros se prepararão para os Jogos parapan-americanos de Santiago em 2023, o mundial de atletismo paralímpico na cidade de Kobe no Japão, realocado de 2021 para 2024 e os Jogos Paralímpicos em Paris, que serão disputados no Stade de France - a edição do mundial de 2023 foi disputada no estádio de Chaterty

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