A
Federação Russa de Voleibol (VFV) entrou com o processo no Tribunal Arbitral do
Esporte (CAS), buscando uma compensação por ter sido destituída do Campeonato
Mundial Masculino de Vôlei de 2022. Alexander Yaremenko, o secretário-geral
do VFV, confirmou que a organização está buscando cerca de US$ 80 milhões de
dólares de reparação.
Em uma
entrevista à agência de notícias estatal oficial da Rússia, TASS, Yaremenko
confirmou que entraram com recurso no CAS: "Agora há uma escolha de juízes.
Este é um processo longo, ninguém espera que seja rápido."
O
VFV quer recuperar os custos acumulados na preparação como país-sede do torneio
e já havia anunciado uma ação judicial sobre o assunto nos tribunais suíços, em
um complexo processo. O primeiro anúncio de intenção de ir ao CAS foi revelada
em abril de 2022, dizendo que havia apresentado documentos e buscava apoio
jurídico.
A
Rússia perdeu os direitos de país-sede pela Federação Internacional de Voleibol
(FIVB) em março de 2022, apenas uma semana depois que Vladimir Putin lançou a
invasão da Ucrânia. A FIVB então seguiu o conselho do Comitê Olímpico
Internacional, que disse que a Rússia não deveria ser autorizada a sediar
eventos.
O
país deveria sediar o Campeonato Mundial em 10 cidades entre 26 de agosto e 11
de setembro do ano passado, mas acabou vencendo na Polônia e na Eslovênia. Os
jogos da Liga das Nações de Voleibol já haviam sido transferidos da Rússia em
resposta à invasão, mas a FIVB demorou a se posicionar no que se tratava do
Campeonato Mundial.
Acabou
decidindo que era "impossível preparar e organizar" o Campeonato
Mundial na Rússia devido à guerra, insistindo que estava "muito preocupado
com a escalada da situação e com a segurança do povo da Ucrânia".
Em
dezembro, Yaremenko disse à TASS que a FIVB se recusou a pagar à
Rússia qualquer compensação pela transferência do Campeonato Mundial.
Em resposta, a FIVB confirmou que a Federação de Voleibol da Rússia entrou com um processo no Tribunal Arbitral do Esporte e que irá contestar fortemente o processo, mas como é um caso em andamento, não fará nenhum comentário neste momento.
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