O
Comitê Olímpico e Paraolímpico dos Estados Unidos (USOPC) continuou a
manifestar apoio à Ucrânia em sua guerra com a Rússia nesta quinta-feira (16),
no entanto, deixando uma porta aberta para a possibilidade de atletas russos e
belarrussos competirem nas Olimpíadas de Paris, como neutros.
Presidindo
sua primeira reunião como presidente do USOPC, Gene Sykes começou confrontando
a questão. Ele disse que o órgão está com a Ucrânia, mas vai ouvir e
considerar um processo que permita que atletas "verdadeiramente
neutros" da Rússia e de Belarus participem dos Jogos Olímpicos do ano que
vem.
"O
único tópico que quero abordar diretamente é a questão dos atletas russos em
esportes internacionais e potencialmente nos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de
Paris, embora a conversa tenha mudado com o tempo, nossa posição não mudou.
Acima de tudo, nos solidarizamos com o povo e os atletas da Ucrânia", disse
Sykes.
A
Ucrânia liderou um apelo para banir todos os atletas da Rússia e de Belarus,
que tem sido usada como palco para o que a Rússia chama de operação especial,
depois que o COI disse em janeiro que estava aberto para incluí-los como
neutros. O COI também estabeleceu um caminho para os atletas neutros se
classificarem para os Jogos de Paris.
A
principal preocupação do USOPC é como o COI determinará os critérios para um
atleta neutro e até então quer que as sanções permaneçam em vigor. “Incentivamos
o COI a continuar explorando o processo que preservaria as sanções existentes,
garantindo que apenas atletas verdadeiramente neutros e limpos sejam bem-vindos
para competir”.
"Somente
se essas condições de neutralidade e competição justa e limpa puderem ser
atendidas, para acreditamos que o espírito dos Jogos Olímpicos pode prevalecer.
O que realmente significará a neutralidade, quais serão as condições para a
neutralidade?" disse Sykes.
Sykes
disse que o feedback que o USOPC tem recebido de atletas, federações esportivas
e outros é que há um desejo de ter todos os melhores atletas em todos os
eventos competindo em Paris.
"Muitos nos disseram que desejam competir contra todos os melhores atletas do mundo, mas apenas se isso acontecer de uma forma que garanta um jogo seguro e justo. Há uma preocupação muito real e até mesmo ceticismo sobre se essa condição pode ser atendida", finalizou Sykes.
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