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Comitê Olímpico da Ucrânia discutirá boicote a Paris 2024 em Assembleia

Reprodução: Ukrainian Presidential Press Ser

 

O Comitê Olímpico Nacional da Ucrânia (NOCU) realizará uma Assembleia Geral Extraordinária para discutir se deve boicotar Paris 2024, caso se confirme que atletas russos e de Belarus possam competir.

 

A pauta do encontro, marcado para esta sexta-feira (3 de fevereiro), foi divulgada pelo deputado popular da Ucrânia, Zhan Beleniuk, que conquistou o ouro na luta olímpica nas Olimpíadas de Tóquio 2020 na categoria até 87 quilos masculino. 

 

"Em 3 de fevereiro, será realizada uma Assembleia Geral Extraordinária sobre um possível boicote aos Jogos Olímpicos de Paris em 2024 se os atletas russos e de Belarus puderem retornar às arenas esportivas internacionais até o fim da agressão da Rússia contra a Ucrânia”, escreveu Beleniuk.

 

O ministro dos Esportes da Ucrânia, Vadym Guttsait, alertou na quinta-feira (26 de janeiro) que a Ucrânia consideraria boicotar os Jogos se atletas da Rússia e de Belarus pudessem competir, em uma mensagem em sua página pessoal no Facebook. O portal insidethegames revelou que Guttsait havia dito ao presidente do COI, Thomas Bach, que atletas da Rússia estavam servindo nas forças armadas do país e estavam "matando nosso povo".

 

A notícia da Assembleia Geral Extraordinária da NOCU chega alguns dias depois que o COI alegou que a grande maioria dos participantes nas chamadas de consulta queria um caminho para o retorno dos atletas russos e de Belarus às competições incluindo Paris 2024. O Conselho Olímpico da Ásia se ofereceu para facilitar participação destes atletas em seus eventos de qualificação em Paris 2024 e reiterou seu convite em resposta à última declaração do COI.

 

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, twittou na noite passada um convite a Bach para visitar a cidade devastada pela guerra de Bakhmut para "ver com seus próprios olhos que a neutralidade não existe".

 

O COI afirma que as consultas em andamento estão abordando a carta de dois relatores especiais do Conselho de Direitos Humanos da ONU. A carta diz: “Expressamos sérias preocupações, no entanto, sobre a recomendação de banir atletas e oficiais russos e belarussos, como juízes de competições internacionais, com base apenas em sua nacionalidade, por uma questão de princípio, isso levanta sérias questões de não discriminação”.

 

A carta reforça que o conceito em discussão é apoiado pela grande maioria do Movimento Olímpico, como ANOC, a Associação de todos os 206 Comitês Olímpicos Nacionais. “Reflete o que vimos na prática durante as duas últimas semanas no Aberto da Austrália em que os atletas competiram no torneio como atletas individuais sob uma bandeira neutra sem qualquer identificação de seu país”.

 

"O conceito está bem estabelecido e também é usado no ciclismo e em várias ligas profissionais na América do Norte e na Europa. Os princípios nos quais o conceito se baseia estão alinhados com a Carta Olímpica e foram e são respeitados por todos os Comitês Olímpicos Nacionais em todo o mundo que encontraram seu país afetado por guerra ou outro conflito armado”.


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