Foto: COI |
O COI (Comitê Olímpico Internacional) lançou nesta quinta (2), um comunicado em forma de perguntas e respostas para falar a atual situação de uma possível participação russa nos Jogos de Paris-2024 e o possível boicote de Ucrânia e outros países, caso isso venha a acontecer.
A entidade diz apenas que liberou e observa a participação de atletas russos e bielorrussos em competições asiáticas e que ainda não colocou nas discussões, se haverá na realidade, atletas dos dois países na próxima edição da Olimpíada.
O COI também respondeu sobre os boicotes afirmando que eles nunca atingem seus fins políticos. "Ameaçar um boicote aos Jogos Olímpicos, que a Ucrânia está considerando atualmente, vai contra os fundamentos do Movimento Olímpico e os princípios que ele defende. Um boicote é uma violação da Carta Olímpica, que obriga todos os CONs (Comitês Olímpicos Nacionais) a “participar dos Jogos da Olimpíada enviando atletas”. Como a história tem mostrado, os boicotes anteriores não alcançaram seus fins políticos e serviram apenas para punir os atletas dos CONs boicotadores".
Lembrando de confrontos entre ucranianos e russos ou bielorussos no Australian Open, a chance de atletas evitarem enfrentar competidores dos dois países foi dada como pequena.
A possibilidade de uma exclusão da Rússia também foi respondida pela entidade. Embora já tenha acontecido com a África do Sul entre as décadas de 80 e 90, em razão do Apartheid, o Comitê não pensa em fazer isso e afirma que leva em conta, que não há sanções das Nações Unidas contra os russos atualmente.
No comunicado, o COI ainda respondeu sobre a fala do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, sobre o presidente da entidade Thomas Bach visitar a linha de frente da guerra.
"O presidente do COI visitou a Ucrânia no verão de 2022 a convite do NOC. Durante esta visita, ele conheceu atletas afetados pela guerra, testemunhou a destruição de infraestrutura esportiva e também se encontrou com o presidente Zelensky para uma ampla discussão. Após esta visita eles também trocaram por telefone. Atualmente não há planos para outra visita à Ucrânia".
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Nesta quarta, um atleta ucraniano do decatlo foi enterrado após ter sido morto em combate na região de Bahkmut. No comunicado, a entidade máxima do esporte olímpico lamentou a morte de atletas no conflito.
Volodymyr Androshchuk was hoping to represent Ukraine in decathlon at the Paris Olympics next year.
— Jonathan Crane (@jonathancrane5) February 2, 2023
Yesterday, he was buried, having been killed in fighting near Bakhmut.
Many in Ukraine are asking: If he no longer has the chance to compete, why should athletes from Russia? pic.twitter.com/FvedzIesUW
A participação russa e bielorussa ainda está indefinida e os processos classificatórios já começaram. Segundo o COI, não será solicitado para as federações de cada modalidade que adaptem seus sistemas de classificação retroativamente.
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