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Ricardo Bufolin/CBG |
A ginasta mais completa do mundo é brasileira. Rebeca Andrade confirmou o favoritismo e brilhou nos aparelhos em Liverpool para ganhar o título mundial do individual geral. Pela primeira vez na história, uma ginasta do hemisfério sul consegue essa conquista mundial.
Rebeca tinha sido medalha de prata no individual geral na olimpíada de Tóquio e no mundial do ano passado, ela não disputou essa prova pois tinha abdicado do solo, o que a tirou da disputa. Agora em 2022, Rebeca disputou o individual geral e sobrou tanto na classificação quanto na grande final. Esta foi a segunda vez que o Brasil tem uma medalhista em Mundial no individual geral. A precursora foi Jade Barbosa, bronze em sua estreia em Mundiais em 2007.
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Rebeca Andrade/CBG |
A trave aparelho, que raramente perdoa falhas, era o próximo e Rebeca, ao contrário da classificação, não errou e conseguiu um sólida nota, 13.533 e a liderança continuou nas mãos da brasileira. No solo, uma nota de 12.900, considerada ruim, daria o ouro para a Rebeca. Mas a penúltima apresentação do baile de favela foi perfeita Tirou 14,400 e levou o título com 56,899 pontos. Shilese Jones dos Estados unidos ficou com a prata e Jessica Gadirova da Grã Bretanha foi bronze
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Ricardo Bufolin/CBG |
"Estou muito feliz, muito orgulhosa de mim e das meninas, porque sei o quanto trabalhamos duro para chegar até aqui. Isso significa que o meu trabalho, da minha equipe, das meninas, tudo foi muito bem feito. Para chegar até aqui hoje, tive ajuda de muita gente, desde lá no começo até hoje, e essa medalha representa muito da minha história e da minha luta. Vejo que estou evoluindo como atleta e vou fazer sempre o meu melhor. Durante toda a competição eu me mantive muito concentrada, concentrada nos meus pensamentos, em tudo o que eu tenho controle." disse Rebeca, que também contou sobre sua série, que está se despedindo neste mundial:
" Essa série para mim significa muita coisa, é para mostrar do que o preto é capaz. Fico muito feliz que essa série tenha me dado a medalha de ouro. Quem entende a dificuldade que uma pessoa preta atravessa sabe como é. Eu tive muita ajuda para chegar até aqui, dos meus vizinhos, que me emprestavam dinheiro, de dormir na casa dos outros antes de competir. Essa série representa minha história, minha luta e espero continuar fazendo história”.
Rebeca ainda disputará três medalhas neste mundial de ginástica no sábado (5) e domingo (6) : Nas barras, no solo e na trave.
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