As futuras sedes olímpicas estão sendo instruídas pelo COI a
não investir em novas instalações para receber futuros Jogos Olímpicos, já que
a intenção da entidade é evitar novos “elefantes brancos”.
De acordo com a diretora dos futuros anfitriões dos Jogos
Olímpicos do COI, Jacqueline Barret, enfatizou a necessidade de que futuras
sedes olímpicas utilizem instalações existentes ou temporárias para garantir um
evento mais sustentável.
Barret também revelou que o COI também está pedindo para
potenciais anfitriões que considerassem realizar competições fora de seu país
para evitar novas construções.
A declaração Jacqueline Barrett, vem em um momento onde o
COI afirmou que 85% de todas as instalações permanentes desde a edição de 1896
continuam em uso, conforme indica estudo realizado pela entidade.
O relatório foi divulgado durante sessão da entidade
realizado de forma remota em Lausanne, Suíça, e é considerado primeiro
inventario do tipo realizado pelo COI e aponta uso pós-olímpico de 817
instalações permanentes e 106 temporárias em 51 edições.
Seguindo a Agenda Olímpica de 2020, o COI pretende reduzir o
número de novas instalações na tentativa de “se tornar mais sustentável”.
Barret argumenta que a entidade não é contra novas
construções, mas o insiste que os anfitriões deve ter um plano consistentes de
legado para justificar um novo desenvolvimento.
“Se há construção e um local está sendo construído, temos
que ter certeza de que isso é algo que a comunidade está fazendo por si mesma,
seja uma iniciativa privada ou uma iniciativa do governo”.
“Queremos ter a certeza de que há um bom uso e que as várias
partes interessadas estejam ao redor da mesa e alinhadas com esse uso para o
futuro”.
“Há um plano para que ele seja usado após os Jogos e seja
bem-sucedido, então não sera um elefante branco”, finaliza Barret.
As próximas sedes olímpicas de verão e inverno, já fizeram
uma redução de 5 a 7 por cento das instalações nova em comparação a Paris 2024
e Milão-Cortina 2026.
Anfitrião da edição olímpica de 2028, Los Angeles, planeja
sediar a competição sem construir um único imóvel novo.
O COI montou um relatório, chamado “Mais de 125 anos de
instalações olímpicas: pós-Jogos”, analisa todas as edições de Atenas 1896 a
Pyeongchang 2018.
O relatório foi compilado por meio de coleta de dados e
consulta com proprietários, governos municipais e regionais e Comitês Olímpicos
Nacionais.
O estudo indica que 75 por cento dos 32 locais usados em
Atenas continuam em uso.
Em Sapporo 1972, 83% das instalações continuam em uso, essa
taxa sobe para 93 na Rio 2016, 94% em Barcelona 1992 e 100% para Vancouver 2010
e Salt Lake City 2002.
Apenas 35 das 817 instalações permanentes relatadas foram
fechadas, inativas ou abandonas desde que foram usada nos Jogos.
“Este relatório é um testemunho muito impressionante do
legado que os Jogos Olímpicos criam na cidades e regiões-sede”, acrescentou
Christopher Dubi, diretor executivo dos Jogos Olímpicos do COI.
“Estamos entusiasmados em ver a esmagadora maioria das
instalações olímpicas continua a oferecer competições esportivas e oportunidade
de treinamento em níveis de elite e de base, ao mesmo tempo em que cria
benefícios sociais e de saúde em anfitriões olímpicos anteriores”.
“Com o foco do COI em sustentabilidade e legado, as lições
do passado são mais importantes do que nunca”.
“Ao olhar para trajetória pós-Jogos das instalações
olímpicas, queríamos entender melhor a probabilidade de seu uso contínuo.
“Isso nos ajudará a garantir que os futuros Jogos Olímpicos
continuem a criar legados ainda mais sustentáveis para seus anfitriões,
respondendo às suas necessidades de desenvolvimento sustentável de longo prazo”.
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