O ex-membro do Comitê Olímpico Internacional e ex-atleta de skeleton, Adam Pengilly (GBR), defendeu nesta terça (15), que a entidade deve ser muito mais dura com a Rússia, banindo o Comitê Olímpico do país e não se restringir a recomendar sanções
O britânico, que esteve nos Jogos de Turim-2006 e foi membro do COI de 2010 a 2018. Ele foi o único membro a votar contra uma decisão do COI de permitir que as federações liberassem a participação da Rússia em seus campeonatos, após os escândalos de doping do país.
Em 2016, Pengilly ainda pediu uma proibição geral da Rússia nas Jogos do Rio de Janeiro-2016, pelo mesmo motivo.
Desde a invasão russa à Ucrânia, muitos órgãos esportivos mudaram eventos e suspenderam equipes ou atletas russos de competir, enquanto patrocinadores encerraram contratos em protesto contra a guerra.
Assim que começou a guerra, o COI recomendou que os eventos na Rússia sejam cancelados ou realocados e que os atletas russos e bielorrussos não participem ou compitam sob uma bandeira neutra, porém, não aplicou sanções contra o Comitê Olímpico da Rússia e sua liderança ou contra os membros russos do COI.
"O COI recomendou que as federações esportivas internacionais considerem suspender os atletas russos e as federações nacionais russas. Ainda assim, o COI não suspendeu o Comitê Olímpico Russo. Então, por um lado, eles estão dizendo a outros para fazerem isso. Mas, ao mesmo tempo, eles não estão fazendo isso sozinhos.", disse Pengilly, também ex-membro do conselho da Agência Mundial Antidoping (WADA), em entrevista à Reuters.
Rússia e Belarus não puderam participar da Paralimpíada após grande pressão de alguns países e poucos esportes como, a Natação e o Tênis, tem atletas dos dois países competindo com bandeira neutra.
Foto: Denis Balibouse/ Reuters
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