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Meeting Paralímpico em Brasília registra quebra de recorde na etapa de abertura do halterofilismo


O sábado, 23, marcou a estreia das disputas de halterofilismo no Meeting Loterias Caixa, competição organizada e promovida pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). Neste final de semana, a cidade de Brasília, Distrito Federal, recebe o evento, com a participação de 251 atletas. Cerca de 10% dos participantes estavam inscritos no halterofilismo, enquanto os demais competem no atletismo e na natação até o domingo, 24.

Os Meetings Loterias Caixa estão percorrendo o Brasil, desde o início de outubro, até 12 de dezembro, nas três modalidades. Porto Alegre, Florianópolis, Curitiba e Rio de Janeiro já sediaram etapas de atletismo e natação.

Na manhã deste sábado, no CETEFE (Centro de Treinamento de Educação Física Especial), em Brasília, o halterofilismo registrou a primeira quebra de recorde brasileiro. A brasiliense Maria Clara Gouveia estabeleceu nova marca nacional na categoria júnior acima de 86 quilos. Ela levantou 50 quilos no supino e superou o recorde que durava três anos. Em junho de 2018, no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, havia suportado 32 quilos.

Esta foi apenas a segunda competição paralímpica de Clara, que teve a torcida fervorosa da mãe, a pedagoga Rosemary Gouveia.

"Participei de uma etapa do Circuito Loterias Caixa em fevereiro de 2020, antes da pandemia, e queimei todas as três tentativas, porque estava nervosa. Desta vez, eu consegui validar todas as três, foi maravilhoso", contou Clara, que recém-completou 17 anos, e defende o CFB (Clube da Força de Brasília).

Ela tem mielomeningocele, má formação congênita na coluna vertebral e na coluna espinhal, e já experimentou a prática de basquete e rúgbi em cadeira de rodas, canoagem, mas foi no halterofilismo que se encontrou. "É a modalidade que mais me cativou, vou me dedicar muito a ela", contou a estudante do segundo ano do ensino médio da Escola Militar de Brasília.

Outra modalidade disputada neste sábado em Brasília é o atletismo, que também registrou recorde brasileiro, na pista do CIEF(Centro Integrado de Educação Física). Nos 5.000m da classe T20 (para deficientes intelectuais), Luciene Antonia Xavier de Jesus melhorou a própria marca com 18min45s69, superando em 4s88 o recorde anterior, também de 2018. Ela é atleta da AEEP do Distrito Federal.

Dono de cinco medalhas de ouro em Jogos Parapan-Americanos, o brasiliense Ariosvaldo Fernandes, o Parré, competiu em duas provas e por pouco não quebrou seus próprios recordes na classe T53 (cadeirantes). Nos 100m, ele correu para 14s95, apenas 45 centésimos da sua melhor marca. E nos 400m, fez 50s85, enquanto que o recorde nacional é de 50s32.

A etapa de Brasília também registra o desabrochar de uma nova geração de talentosos atletas paralímpicos no atletismo. Nos 100m da classe T47 (amputação de membro superior), em que o Brasil reina no cenário mundial com Petrúcio Ferreira, o mato-grossense Eduardo Furtado da Cruz, de apenas 18 anos, representante da Asa-Sorriso, do Mato Grosso, correu os 100m em 11s59. A melhor marca do mundo nesta classe é de Petrúcio, com 10s42, em novembro de 2019 no Campeonato Mundial de Dubai.

Outro conterrâneo de Eduardo, Thalysson Enrick Nunes de Oliveira fez 12s75 nos 100m da classe T13 (baixa visão). O recorde brasileiro desta prova é de Gustavo Araújo, e perdura desde o Mundial de Doha, no Qatar, em 2015, com 10s91. Thalysson tem 15 anos e representa RAAEI, do Mato Grosso.

Foto: CPB/Andrea Martins

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