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Guia Paralimpíadas Tóquio 2020: Triatlo


O PARATRIATLO

O paratriatlo ainda é novo no programa paralímpico. O esporte foi aprovado pelo IPC (Comitê Paralímpico Internacional) em 2016 e estreou na Rio-2016. Quem organiza as competições é a World Triathlon, a mesma das competições olímpicas.

Há cinco anos, as categorias PT1 (apenas os homens), PT2, PT4 e PT5 (apenas as mulheres) fizeram parte do programa paralímpico. Os Estados Unidos levaram dois ouros. Países Baixos, Grã Bretanha, Alemanha e Austrália são os outros países que já se consagraram campeões paralímpicos da modalidade

Em Tóquio, 80 atletas estarão divididos em oito categorias, com dez atletas em cada prova. Metade no feminino e metade no masculino. As categorias PTWC, PTS5 e PTVI serão disputadas por ambos os gêneros, já a PTS2 será exclusivamente feminina e a PTS4 exclusivamente masculina. As provas serão disputadas no Odaiba Marine Park.

Histórico do Brasil 

O Brasil participou da Rio-2016 com os atletas Fernando Aranha na PT1 e com Ana Raquel Lins na PT4. Ele foi o sétimo colocado e ela a 11ª e última colocada. Neste ciclo, o país conquistou pódios em diversas competições internacionais, incluindo o Parapan e etapas do Circuito Mundial.


CLASSIFICAÇÕES


PTWC: Cadeirantes

Os atletas usam handcycles no ciclismo e cadeira de rodas de corrida na corrida. Existem duas sub-classes, PTWC1 (Mais prejudicada) e PTWC2 (menos prejudicada).

Os comprometimentos físicos desta categoria são: carência de força muscular, deficiência nos membros, hipertonia, ataxia ou atetose, lesões da medula espinhal, amputados acima do joelho e paralisia cerebral grave.

Para serem considerados desta classse, os atletas tem uma pontuação de até 640,0 pontos na avaliação de classificação da IPC.
 

A brasileira Jéssica Massali em sua cadeira própria para a corrida (Foto: Nuno Domingue/ FPT)

PTS5: Deficiências leves

Nesta classe competem os atletas com: deficiência nos membros, hipertonia, ataxia e/ou atetose, carência de força muscular e amplitude de movimentos diminuída, entre outros. Também são considerados amputado abaixo joelho, amputado abaixo do cotovelo e paralisia cerebral leve.

No ciclismo e na corrida, os atletas podem utilizar próteses ou outros dispositivos de apoio aprovados.

Competem os atletas que obtiverem uma pontuação entre 1092,0 e 1211,9 pontos na avaliação de classificação.


PTVI: Deficiência visual total ou parcial

A categoria tem atletas totalmente cegos, de nenhuma percepção de luz em qualquer olho, com percepção de luz mínima (PTVIB1) e com visão parcial (B2, B3). Um guia o acompanha durante a prova no ciclismo e na corrida.


PTS2: Deficiências graves

São considerados os atletas com: deficiência nos membros, hipertonia, ataxia e/ou atetose, carência de força muscular e amplitude de movimentos diminuída, entre outros. Podem ser incluídos: plexo braquial completo, amputado acima do cotovelo, dupla amputação abaixo do joelho e paralisia cerebral severa.

Assim como na PTS5, atletas amputados podem utilizar próteses ou outros dispositivos de apoio aprovados. Os atletas desta classe devem ter uma pontuação de até 909,9 pontos.


PTS4: Deficiências moderadas

Inclui atletas com comprometimentos como: deficiência nos membros, hipertonia, ataxia e/ou atetose, carência de força muscular e amplitude de movimentos diminuída, entre outros.

As condições de saúde comuns podem incluir amputado abaixo joelho, amputado abaixo do cotovelo e paralisia cerebral leve.

A regra da utilização de próteses no ciclismo e na corrida é a mesma da PTS2 e da PTS5

Aqui os atletas tem que estar classificados entre 980,0 e 1091,9 pontos na avaliação.

BRASILEIROS EM TÓQUIO-2020

O Brasil terá quatro atletas na Paralimpíada de Tóquio, uma mulher e três homens. Confira os nomes:

Jéssica Messali: PTWC
Idade: 33 anos
Participações paralímpicas: 0

A paulista compete na categoria PTWC e ficou paraplégica em 2013 após um acidente de carro. Ela começou no esporte em 2017, quando já tinha como objetivo participar dos Jogos Paralímpicos.

A atleta já competiu no Japão este ano na etapa de Yokohama do Circuito Mundial da modalidade. Na ocasião ela foi medalha de prata. Além disso ela foi campeã da etapa de La Coruña (ESP) e prata no pan-americano realizado nos Estados Unidos.

No início do mês de julho, Jéssica teve queimaduras de 2º e 3º grau no pé enquanto estava em uma sauna e por isso teve que passar por dez cirurgias em 25 dias para poder competir tranquilamente em Tóquio.
 

Carlos Rafael Viana: PTS5
Idade: 22 anos
Participações paralímpicas: 0

O atleta do Sesi de 21 anos é um dos destaques da delegação brasileira. Ele compete na PTS5 e foi eleito o atleta do ano pelo prêmio Brasil Paralímpico em 2017 e 2019, neste último ele foi medalha de ouro na etapa de Portugal do circuito e quinto na World Series realizado na Suíça. 

Atual pentacampeão brasileiro consecutivo, Carlos foi medalha de bronze no pan-americano, seu único pódio em 2021. Sua prova acontece dia 28 após as provas masculina e feminina da classe PTWC.
 
Carlos em ação pela WTCS (Foto: World Triathlon)




Jorge Fonseca: PTS4
Idade: 36 anos
Participações paralímpicas: 0

O catarinense da classe PTS4 vem de ótimos resultados. Ele foi medalha de bronze na etapa de La Coruña da World Series, a primeira após a amputação de seu braço direito, realizada em setembro de 2020. Ainda em 2021 ele foi bronze no Pan da modalidade nos Estados Unidos.


O triatleta Jorge Fonseca (Foto: Reprodução/ CBTri)

Ronan Cordeiro: PTS5
Idade: 24 anos
Participações paralímpicas: 0

O curitibano da classe PTS5 começou a competir no triatlo 2018 - era da natação - e no ano seguinte, já subia ao pódio das competições internacionais. Ele alcançou quatro pódios em cinco oportunidades, não conquistando medalha apenas no Pan deste ano em Pleasant Prarie, quando foi o quarto colocado.


Ronan Cordeiro na corrida (Foto: Tommy Zaferes/ World Triathlon)

DISPUTAS

Homens: PTS4, PTVI, PTWC e PTS5
Mulheres: PTS2, PTVI, PTWC e PTS5

CALENDÁRIO

27/08
18h30 - PTS4 masc
18h31 - PTS2 fem
20h30 - PTVI masc
20h31 - PTVI fem

28/08
18h30 - PTWC masc
18h31 - PTWC fem
20h30 - PTS5 masc
20h31 - PTS5 fem

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