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Guia da final masculina de Wimbledon 2021 - Novak Djokovic vs Matteo Berrettini


Há muita coisa em jogo na final da chave masculina do Torneio de Wimbledon 2021. O confronto entre Novak Djokovic e Matteo Berrettini, neste domingo (11), vale muito mais do que 'um título de Grand Slam' (que, cá entre nós, já é algo enorme). Quem sair vitorioso da quadra central do All England Club, escreverá um trecho da história deste esporte. 

Para Djokovic, vale seu 20º troféu em Majors, o que representaria um empate triplo no número de títulos de Grand Slam com as outras duas lendas contemporâneas, Roger Federer e Rafael Nadal. De quebra, a conquista manteria viva a chance de Nole fazer o 'Verdadeiro Golden Slam' (quatro títulos de Major, mais o ouro olímpico) repetindo o feito da alemã Steffi Graf, em 1988. 

Caso seja o campeão em Londres, neste domingo, Djokovic iguala Jack Crawford (1933) e Lew Hoad (1956) como os únicos tenistas (homens) na história a vencerem Australian Open, Roland Garros e Wimbledon em sequência. Vale ressaltar, o último tenista que ergueu troféus de Grand Slam em simples masculino, na França e na Inglaterra na mesma temporada foi o espanhol Rafael Nadal, há 11 anos. 

Um triunfo diante Berrettini, deixará Djokovic com 21 vitórias seguidas em Grand Slams, a sua maior especialidade desde que voltou a figurar entre os melhores do circuito, em 2018. Querem saber mais um número absurdo? Se Djokovic vencer o Torneio de Wimbledon, ele terá o mesmo número de títulos de Majors que a Austrália no tênis masculino, dentro da Era Aberta. A nação da Oceania tem sete campeões diferentes, enquanto a Sérvia só tem Nole. 

Por fim, se Djokovic sagrar-se campeão novamente, ele chegará ao seu sexto título em Wimbledon, o terceiro seguido. Assim, o sérvio ficará cada vez mais perto de outro recorde de Federer: o de maior quantidade de conquistas no Grand Slam britânico. Vale lembrar que dos cinco títulos que Nole conquistou na ‘grama sagrada’, três foram contra o próprio suíço (2014, 2015 e 2019). 

Bom, agora é hora de falar sobre Matteo Berrettini, que também pode fazer muita história neste domingo. Além de já ser o primeiro italiano na história a alcançar uma final em Wimbledon, ele ainda pode fazer mais. 

A conquista do troféu de campeão fará de Berrettini o 151º homem campeão de Grand Slam em toda a história, sendo o 56º na Era Aberta. Além disso, ele encerrará um jejum de 45 anos sem títulos de Grand Slam em simples masculino da Itália. O último italiano a erguer um caneco nesta categoria foi Adriano Panatta, em Roland Garros 1976 (o único na Era Aberta). 

Caso consiga bater Djokovic na final deste domingo, Berrettini poderá ser conhecido como 'o tenista que destronou o Big Four em Wimbledon’. Isso porque, desde 2003, apenas Roger Federer (8x), Rafael Nadal (2x), Novak Djokovic (5x) e Andy Murray (2x) foram campeões na grama do All England Club. Nesse período, nomes como Mark Philippoussis, Andy Roddick, Tomás Berdych, Milos Raonic, Marin Cilic e Kevin Anderson até tentaram, mas não conseguiram interromper esta série tão dominante. 

Um possível título de Berrettini, faria dele o primeiro campeão inédito em Wimbledon desde Andy Murray, em 2013, exatamente o único homem a bater Djokovic em uma final do Major londrino. Além disso, essa poderá ser a quarta conquista de Grand Slam da Itália em simples masculino, deixando para trás países como o Brasil e o Egito. 

Mas afinal, Berrettini pode bater Djokovic?


Arte: Lucas Bueno/Surto Olímpico 


O italiano fez boa temporada de grama, conquistando o título do ATP 500 de Queen’s, em Londres. De quebra, Berrettini teve a sorte de escapar de nomes como Roger Federer e Daniil Medvedev, que poderiam trazer muito mais dor de cabeça. Daí para vencer Djokovic, invicto em Majors há 20 jogos, é uma outra história. 

Claro, Berrettini não tem nada a perder, a não ser o próprio jogo obviamente. Fora isso, ele precisa apenas se preocupar em aproveitar bem o momento que está vivendo, ficar atento com oscilações do adversário sérvio, que pode vacilar de vez em quando e mostrar ser ainda mais forte do que já é.

É aquele caso. Não adianta ser forte contra Djokovic. Precisa demonstrar de fato essa força contra o sérvio. Só assim para fazê-lo abaixar a guarda. Caso contrário, ele sempre arruma uma forma de recuperar o foco e voltar para o jogo. Assim como aconteceu na final de Roland Garros, por exemplo, contra Stefanos Tsitsipas, onde o grego abriu 2 sets a 0 e levou um passeio depois. 

No mais, é importante que Berrettini tire o ritmo de Djokovic, incomode encurtando os pontos, sacando e voleando, dando slice, fazendo variações e impedindo o sérvio de trocar oito, dez bolas em todos os pontos. Se Nole entrar no ‘modo automático’ o jogo vai embora para Berrettini em duas, no máximo três horas. 

Em Roland Garros, no mês passado, Berrettini duelou contra Djokovic nas quartas de final em Paris e perdeu por 3 sets a 1 (6-3, 6-2, 6-7 e 7-5).

A final masculina de Wimbledon 2021 será transmitida pelo SporTV e Bandsports, neste domingo (11), às 10h da manhã. Você poderá acompanhar um resumo da partida em texto, no site Surto Olímpico, após a decisão do título. 


Campanha de Novak Djokovic em Wimbledon 2021

R1: vitória contra Jack Draper por 3 sets a 1 (4-6, 6-1, 6-2 e 6-2) - confira
R2: vitória contra Kevin Anderson por 3 sets a 0 (6-3, 6-3 e 6-3) - confira
R3: vitória contra Denis Kudla por 3 sets a 0 (6-4, 6-3 e 7-6) - confira
Oitavas de final: vitória contra Cristian Garin por 3 sets a 0 (6-2, 6-4 e 6-2) - confira
Quartas de final: vitória contra Marton Fucsovics por 3 sets a 0 (6-3, 6-4 e 6-4) - confira
Semifinal: vitória contra Denis Shapovalov por 3 sets a 0 (7-6, 7-5 e 7-5) - confira

Tempo em quadra: 12h48
Sets cedidos: 1
Games cedidos: 68 (média de 11,3 games por partida)


Campanha de Matteo Berrettini em Wimbledon 2021

R1: vitória contra Guido Pella por 3 sets a 1 (6-4, 3-6, 6-4 e 6-0)
R2: vitória contra Botic Van De Zandschulp por 3 sets a 0 (6-3, 6-4 e 7-6)
R3: vitória contra Aljaz Bedene por 3 sets a 0 (6-4, 6-4 e 6-4)
Oitavas de final: vitória contra Ilya Ivashka por 3 sets a 0 (6-4, 6-3 e 6-1) 
Quartas de final: vitória contra Felix Auger-Aliassime por 3 sets a 1 (6-3, 5-7, 7-5 e 6-3)
Semifinal: vitória contra Hubert Hurkacz por 3 sets a 1 (6-3, 6-0, 6-7 e 6-4) - confira

Tempo em quadra: 13h41 (53 minutos a mais que Djokovic)
Sets cedidos: 3
Games cedidos: 79 (média de 13,2 por partida)

Montagem: Surto Olímpico

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