A seleção feminina de handebol ainda nem estreou em Tóquio 2020, mas já pode comemorar sua primeira marca expressiva na competição. Entre as 15 convocadas, está Alexandra Nascimento, 39 anos, que se tornará a primeira brasileira na modalidade a disputar cinco Jogos Olímpicos. A estreia do time será contra o Comitê Olímpico Russo, no domingo, 25, às 11h do Japão (23h horário de Brasília no sábado).
Eleita a melhor jogadora do mundo em 2012, a ponta direita fez sua estreia olímpica em Atenas 2004 e, desde então, esteve em todas as edições dos Jogos. No ranking de participações olímpicas, Alexandra deixa para trás outras três atletas: a goleira Chana Masson (2000 a 2012) e as pivôs Dara e Dani Piedade (2004 a 2016).
“É um marco, um prazer e também uma grande responsabilidade. Assusta pensar que cinco Jogos Olímpicos representam vinte anos de carreira entregues somente à seleção brasileira. Agora quero ajudar na busca pelo nosso objetivo, que é conquistar uma medalha inédita”, diz Alexandra, uma das líderes da equipe, ao lado de Duda Amorim, Babi Arenhart e Ana Paula.
Em suas quatro participações olímpicas, Alexandra detém outros dois recordes pelo Brasil: principal artilheira (109 gols) e atleta com mais vitórias nos Jogos (11). Se entrar em quadra duas vezes no Japão, ela ainda superará Chana Masson no ranking de mais partidas disputadas, chegando a 26.
No entanto, ao que tudo indica, Tóquio 2020 será sua despedida da seleção. Por mais que esteja bem fisicamente, a atleta quer realizar outro sonho: ser mãe.
“Completo quarenta anos em setembro e me sinto muito bem para cumprir os jogos e treinamentos. Sempre existe a vontade de continuar, mas tenho o desejo de ser mãe. Antes vou focar nos Jogos Olímpicos para depois pensar no bebezinho”, conta Alexandra.
A seleção feminina está no Grupo B e terá pela frente cinco adversárias europeias na primeira fase da competição: Espanha, França, Hungria, Comitê Olímpico Russo e Suécia.
Foto: Miriam Jeske
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