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Simone Biles estreia seu novo salto em vitória no US Classic


Em sua primeira competição desde o Mundial de Ginástica Artística de 2019, Simone Biles venceu o US Classic, neste sábado (22), somando 58.400 pontos no individual geral. A ginasta ainda provou mais uma vez porque é a maior de todos os tempos fazendo seu novo salto: um Yurchenko duplo mortal carpado, que caso ela o faça na Olimpíada, o salto irá receber seu nome no código de pontuação.

Simone começou na trave, onde fez uma apresentação sólida recebendo nota 14.850. Na segunda rotação, a ginasta competiu no solo, onde apresentou pela primeira vez sua nova coreografia. Se na Rio 2016, Biles usou um medley de ritmos latinos com trechos de “Mas que nada”, de Sérgio Mendes, em Tóquio 2020 a estadunidense vai competir ao som de “Tokyo Drift”, da trilha sonora do filme “Velozes e Furiosos: Desafio em Tóquio”. Apesar de quase cair na última acrobacia (um duplo mortal com dupla pirueta), a multi-campeã tirou a maior nota do dia no aparelho com 14.250.


O momento que todos estavam esperando veio na terceira apresentação, no salto sobre a mesa. Já no aquecimento, Simone cravou o seu Yurchenko com duplo mortal carpado, arrancando os aplausos de todos na arena. Na hora “h”, Biles fez uma execução excelente no ar, com a única falha grande sendo um passo após a aterrissagem. O salto, que em breve pode ser o Biles II, é o de maior dificuldade da ginástica artística feminina (6.6). Com um 9.5 de execução, Simone Biles tirou 16.100, a maior nota do ciclo olímpico. 

Encerrando nas barras assimétricas, Biles se desequilibrou após executar uma pirueta e caiu do aparelho, recebendo sua pior nota do dia: 13.200. Na soma dos quatro aparelhos, a ginasta venceu o individual geral com 58.450 pontos. Em segundo lugar ficou sua colega de clube, Jordan Chiles, com 57.100, com Kayla DiCello em terceiro com 56.100.

O US Classic é o primeiro de uma série de três competições nacionais que culmina com a Seletiva Olímpica dos Estados Unidos. O desempenho de hoje colocou Jordan Chiles com um pé na equipe, precisando apenas manter a consistência para ser convocada. Chiles teve a segunda melhor nota no salto, nas barras assimétricas e no solo e a quarta melhor da trave. Kayla DiCello (maior nota nas assimétricas) e a quarta colocada Grace McCallum também devem estar no alvo da comissão técnica. 

Outras favoritas à vaga olímpica tiveram problemas hoje e precisam melhorar seu desempenho nos próximos eventos para continuarem no radar. Se recuperando de uma lesão no tornozelo, Sunisa Lee competiu apenas nas barras e na trave e caiu nos dois aparelhos. Já Morgan Hurd fez apenas a trave e o solo, com rotinas sólidas, mas sem receber notas altas. 

O RETORNO DAS VETERANAS

Voltando de hiatos maiores, hoje tivemos outras duas medalhistas olímpicas competindo além de Simone Biles. Laurie Hernandez, ouro por equipe e prata na trave na Rio 2016, competiu na trave e no salto, mas não teve um bom desempenho e se quiser ir para Tóquio, terá que acertar todas suas séries no campeonato nacional daqui duas semanas.

E após nove anos, Chellsie Memmel voltou a competir aos 32 anos de idade. A ginasta que começou a treinar após ser mãe para recuperar a forma física, começou a experimentar alguns elementos no ginásio de sua família e após gerar um frisson nas redes sociais postando vídeos de algumas acrobacias, anunciou em abril do ano passado que voltaria a treinar a nível competitivo.

Memmel fez apenas o salto e a trave neste sábado. No primeiro, teve uma ótima execução em seu Yurchenko com pirueta, com nota 13.750. Já na trave, fez uma série com alguns elementos difíceis, mas caiu perto do final ao executar um twist grupado, recebendo apenas nota 11.800. O coordenador técnico da seleção estadunidense, Tom Foster, já anunciou que aprovou o pedido de Chellsie Memmel para competir no campeonato nacional, onde ela terá uma nova chance de acertar suas apresentações.


Foto de capa: AJ Mast/Associated Press

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