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Darlan Romani completa 30 anos focado na medalha olímpica em Tóquio 2020



Darlan Romani comemorou na sexta-feira(09/04) 30 anos com a certeza de estar se preparando bem para mais uma Olimpíada, os Jogos de Tóquio, de 23 de julho a 8 de agosto, amparado pela maturidade. Como em 2020, quando passo o aniversário treinando numa área de arremesso improvisada num terreno baldio ao lado de sua residência, em Bragança Paulista(SP) por causa do fechamento das pistas na pandemia de Covid-19. Darlan está trabalhando no dia-a-dia com foco na medalha olímpica.

O dia de treinamento no Centro Nacional de Desenvolvimento do Atletismo (CNDA), em Bragança Paulista, começou diferente com Darlan ganhando um bolo do médico André Guerreiro, com as cores da bandeira do Brasil e o setor de arremesso de peso. Para o atletismo brasileiro, Darlan é a referência do ídolo, que pode inspirar outros atletas por sua conduta fora e dentro das pistas. “Sou fã, o Darlan é um grande exemplo. Eu que trabalho amparado na pedagogia do exemplo vejo o Darlan como uma das referências máxima disso”, disse Wlamir Motta Campos, presidente do conselho administrativos da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt).

“A gente segue firme na preparação olímpica, como sempre, treinando ao extremo, e dando uma passo de cada vez para chegar em forma lá na frente. Com certeza, a maturidade ajuda nos treinos e competições. A gente está cada vez mais experiente, sabe o que quer e a forma certa de fazer as coisas para chegar lá frente com bons resultados”, disse Darlan.

A carreira de Darlan Romani, que treina com o técnico cubano Justo Navarro e [e atleta do Pinheiros, fala por si só. É o recordista da Diamond League principal circuito de competições do atletismo mundial, recordista sul-americano do arremesso de peso, com 22,61m, marca obtida no Prefontaine Classic, em 2019 na Universidade de Stanford, em Palo Alto, Estados Unidos. Na ocasião Darlan quebrou quatro vezes seu recorde na época, de 22m, na sequencia de seis arremessos conseguindo as seguintes marcas, pela ordem: 21,64m, 21,91m, 22,46m, 22,55m, 22,61m e 22,37m.

A marca de 22,61m ficou em quarto lugar no Ranking Mundial de 2019 da World Athletics. Antes de Darlan, o recorde da Diamond League era de 22,60m, estabelecido em Zurique, em 2018, estabelecido pelo neozelandês Tom Walsh.

A temporada 2019 de Darlan foi excepcional. Foi campeão brasileiro, sul-americano, pan-americano, mundial militar, vice-campeão da Diamond League e quarto lugar no um dial de Doha, sendo uma das estrelas da prova de melhor índice técnico da história da competição.

Pelo conjunto de resultados, foi eleito pelo segundo ano seguido (2018 e 2019) o melhor representante do atletismo pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB).

Melhor atleta brasileira por duas temporadas, em um 2020 com pouquíssimas competições por causa da pandemia, Darlan competiu apenas quatro vezes, em São Paulo, e obteve a nona vitória no Troféu Brasil Caixa de Atletismo em dezembro, com 21,11m, em seu melhor resultado da temporada e líder do Ranking Sul-americano 2020.

A maturidade ajuda Darlan a treinar e competir, a ter mais consciência de seu corpo e sua prova. “É nosso principal atleta, dono do Prêmio Brasil Olímpico em 2018 e 2019, e apesar de estar na elite mundial concluiu sua faculdade se formando em administração de empresas, ainda em Uberlândia, quando tinha grandes rendimentos e treinava o dia todo. Além de ser um atleta de excelência hoje, aos 30 anos, é um empresário bem-sucedido do ramo de transporte, soube aplicar o que ganhou no atletismo, não tem extravagâncias e tem muita humildade” disse Wlamir Motta Campos, que competiu no arremesso de peso, numa época em que o recorde brasileiro era de 17m, de Adilson Ramos de Oliveira. “Darlan é um ídolo para mim, eu fazia a prova dele e jamais passou pela minha cabeça que um dia um brasileiro pudesse arremessar 22 metros”, comentou.

Darlan sempre foi constante e dedicado aos treinos no Centro Nacional de Desenvolvimento do Atletismo (CNDA), em Bragança Paulista. "Perguntei de onde vinha tanta inspiração para treinar, porque além do volume há um comprometimento grande de fazer 110% do que o professor Justo Navarro pede. E ele questionou: 'Se eu ganhar uma medalha olímpica, se for campeão olímpico ou bater o recorde mundial vou fazer história?'. Respondi que com certeza absoluta. E é o que ele busca todos os dias. Ele não busca nada menos do que isso todos os dias e sabe o quanto é necessário de empenho para isso", completou Wlamir.

 Foto: Divulgação/CBAt

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