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Coluna Gran Willy: mudança gradual de gerações é refletida nos rankings da temporada


Nos últimos anos, um dos temas mais discutidos por fãs de tênis é a força da próxima geração de atletas e quando eles assumirão papel de protagonismo no circuito mundial da modalidade. Com um Novak Djokovic dominante em Grand Slams, no caso do tênis masculino, cabe aos jovens jogadores aproveitarem as pequenas, mas cada vez mais recorrentes oportunidades de levantar canecos e pontuar. 

E a mudança gradual de gerações é refletido nos ranking da temporada, tanto na ATP, como na WTA. Cada vez mais os tenistas com menos de 25 anos aparecem somando mais pontos no tour. No circuito masculino, seis dos oito melhores tenistas da corrida pelo ATP Finals estão abaixo da faixa etária citada. No tour feminino ocorre o mesmo fenômeno: cinco das oito atletas que estariam classificadas para o WTA Finals têm menos de 25 anos. Confira abaixo. 


Foto: Reprodução/ATP



Foto: Reprodução/WTA

Pela WTA, apenas a espanhola Garbiñe Muguruza e as estadunidenses Jessica Pegula e Serena Williams têm mais de 25 anos entre as atletas do top-8 da temporada. Porém, vale lembrar que Pegula é uma novidade entre as melhores tenistas do mundo e pode ser considerada uma atleta que talvez tenha demorado para obter resultados melhores. 

No cenário da ATP existe um exemplo parecido com o de Pegula. O russo Aslan Karatsev, de 27 anos, faz um início de temporada espetacular, com título no ATP 500 de Dubai e semifinal de Australian Open, resultados que rendem até o momento a sexta colocação no ranking da temporada 2021, que classifica oito jogadores ao ATP Finals. 

Mas apenas Karatsev e Djokovic são tenistas na faixa acima dos 25 anos nesta tabela. Graças ao Masters 1000 de Miami, o ranking anual sofreu uma transformação. A final entre Hubert Hurkacz e Jannik Sinner resultaram numa escalada direto ao top-8 de 2021 para os dois jovens atletas. E as mudanças não param por aí. Se olharmos o ranking geral de simples podemos notar a presença de 15 jogadores abaixo dos 25 anos no top-30 da ATP e 16 na WTA. 

Rússia cresce no top-30 masculino e ‘some’ no feminino; Estados Unidos tem efeito contrário 

Artes: Surto Olímpico 

Outro fenômeno interessante no tênis é o crescimento ou diminuição de atletas de determinados países na lista dos 30 melhores tenistas de cada naipe. No masculino, a Rússia aparece como maior expoente dentro do top-30, com quatro jogadores (Daniil Medvedev, Andrey Rublev, Karen Khachanov e Aslan Karatsev). Porém, no tênis feminino o efeito foi reverso. Não há russas entre as 30 melhores. 

Um fato curioso ocorre ao observarmos o recorte entre a 31ª e a 40ª posição no ranking da WTA. A Rússia conta com cinco tenistas nesta faixa da classificação mundial, sendo que duas delas têm 25 anos ou menos. 

Ao contrário dos russos, os estadunidenses ‘sofrem’ no tênis masculino. O país começou 2018 com três top-30 (Jack Sock, Sam Querrey e John Isner) e hoje conta com apenas um, o jovem Taylor Fritz. No circuito das mulheres, os Estados Unidos tem cinco atletas entre as 30 melhores, sendo duas do top-10. 

Quem também aparece com bons número na WTA é a República Tcheca, com quatro top-30. No masculino, porém, a nação que teve Tomás Berdych por anos dentro dos 10 melhores do mundo, agora tem apenas um representante no top-100: Jiri Vesely, atual 72º. 

É claro que tudo que foi falado nesse texto, principalmente sobre o tênis masculino, precisa ser contextualizado. Rafael Nadal e Roger Federer jogaram apenas um torneio em 2021. O espanhol deverá voltar às quadras no Masters 1000 de Monte Carlo, na próxima semana. Já no caso do suíço, quase ninguém deve saber sua data de retorno. É esperado que ele jogue o ATP 500 de Halle e o torneio de Wimbledon, ambos já na temporada de grama.

Além disso, nomes como Andy Murray e Juan Martin del Potro, que eram fatores de extrema força no circuito, sofrem ano após ano com lesões. O que abre espaço para o desenvolvimento de tenistas de outras nações.

Arte: Surto Olímpico 

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