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Parada das Nações Tóquio 2020 - Argentina




Em 2021, a República Argentina vai comemorar 205 anos da Proclamação da Independência. E antes de falar sobre sua história olímpica, é necessário destacar que entre 1524 e 1810 o país foi comandado pelos espanhóis, que passaram a ocupar o local com a chegada da expedição liderada por Juan Díaz de Solís em 1516. E demorou muito tempo até que os argentinos fossem ‘libertados’ do poder da Espanha.


Em 1776 os espanhóis decidiram elevar o status da região do Rio de la Plata, transformando-a num vice-reino, que naquele momento era formado pelos territórios da Argentina, Paraguai e Uruguai, bem como grande parte da Bolívia. Mas a falta de coesão interna entre as regiões e o pouco apoio da própria Espanha culminou na curta vida do vice-reino. 


Tais territórios passaram a sofrer impactos do que acontecia fora do continente, como a Batalha de Trafalgar, perdida pelos espanhóis; a Guerra Peninsular e a captura do rei da Espanha, Fernando VII. 


Esses fatos se juntaram à tentativa de invasão pelos britânicos e a grande desigualdade social na região, causando o aumento da insatisfação em parte do vice-reino, fazendo surgir a ideia de que as pessoas na América do Sul deveriam tomar o poder. Devido à ausência do rei, alguns territórios decidiram assumir sua soberania, enquanto outros juraram fidelidade à enfraquecida figura da monarquia. 


Após anos de guerras e algumas reformulações no governo rioplatense, os espanhóis quase recuperaram os territórios sul-americanos por meio da repressão, sustentada pelo fim dos conflitos napoleônicos na Europa. Mas campanhas militares lideradas pelos recém-chegados José de San Martín e Simon Bolívar, fortificaram novamente a revolução. 


Em 9 de julho de 1816 a assembleia representativa do Congresso de Tucumán declarou a independência das Províncias Unidas da América do Sul (Argentina, Bolívia e Uruguai). Esta nomenclatura foi usada pelo país até a constituição argentina de 1826, que utilizou pela primeira vez o nome República Argentina.    


A história olímpica da Argentina


Se você achou que os conflitos na Argentina acabaram, saiba que está completamente enganado. Logo precisaremos voltar neste tema. Mas agora é importante ressaltar que entre 1861 e 1930, a Argentina viveu um momento de modernização, tornando-se uma das maiores economias do mundo, atrás apenas da Suíça, Nova Zelândia, Austrália, Estados Unidos, Reino Unido e Bélgica. 

Essa evolução tornou possível o desenvolvimento esportivo no país. A primeira participação olímpica dos hermanos aconteceu logo na segunda edição dos Jogos, em Paris 1900. O esgrimista Francisco Camet, que morava na França, ficou à frente de 98 competidores, terminando em quinto lugar no evento individual de espadas. Ele é o primeiro atleta olímpico da história da Argentina e da América do Sul.

Apesar de contar com José Benjamin Zubiaur como um membro fundador do Comitê Olímpico Internacional (COI), a Argentina só estabeleceu seu próprio comitê olímpico em 31 de dezembro de 1923, após outras duas participações no evento: Londres 1908 (um atleta na patinação artística) e Antuérpia 1920 (um atleta no boxe).





Em Paris 1924, primeira edição pós criação do comitê nacional, a Argentina teve uma grande expansão em sua delegação, levando 77 atletas aos Jogos daquele ano, todos do gênero masculino.


De volta às terras parisienses após 24 anos da sua estreia olímpica, a Argentina conquistou sua primeira medalha de ouro, no polo, ao vencer o torneio que tinha outras quatro seleções. Os atletas Arturo Kenny, Guillermo Naylor, Jack Nelson, Enrique Padilla e Juan Miles entraram para a história da nação ao conquistar o título. 


Só após 36 anos da sua primeira participação, a Argentina levou uma mulher aos Jogos. A nadadora Jeannette Campbell obviamente não desperdiçaria a oportunidade. Tratou de cravar seu nome na história do esporte nacional ao conquistar a medalha de prata nos 100m livre logo na sua estreia. Infelizmente não teve a oportunidade de buscar o ouro em 1940, por causa do cancelamento dos Jogos Olímpicos devido à Segunda Guerra Mundial. 


Mas o primeiro ouro de uma mulher argentina foi conquistado 80 anos depois da histórica participação de Jeannette Campbell. Nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro 2016, a judoca Paula Belén Pareto subiu ao lugar mais alto do pódio na Arena Carioca 2, ao conquistar o título na categoria até 48 kg. Anteriormente, em Pequim 2008, ela já tinha ficado com a medalha de bronze.  


As melhores participações dos hermanos aconteceram nas edições de Amsterdã 1928 e Londres 1948, quando conquistaram exatamente três ouros, três pratas e um bronze, totalizando sete medalhas. No entanto, o país ficou sem subir ao lugar mais alto do pódio entre Melbourne 1956 e Sydney 2000. 


Provavelmente uma das medalhas de ouro mais celebradas do país rioplatense seja no basquete masculino em Atenas 2004. O elenco que contava com jogadores do nível de Manu Ginóbili, Luis Scola, Carlos Delfino, Andres Nocioni e Fabricio Orberto conseguiu três vitórias na primeira fase, passando em terceiro lugar. 


Jogadores argentinos comemoram vitória contra os Estados Unidos na semifinal em Atenas 2004. Foto: Jornal El Litoral 

Nas quartas de final os argentinos eliminaram os anfitriões gregos, por cinco pontos de vantagem. Em duelo válido pela semifinal, eles encararam o conturbado Dream Team dos Estados Unidos e obtiveram uma histórica vitória por 89 a 81. Já na final, a Argentina bateu a Itália por sonoros 84 a 69 para ficar com a medalha de ouro histórica.


Para os Jogos olímpicos de Tóquio, a Argentina conta com 143 atletas classificados, sendo até o momento o 15º país com maior delegação para o evento. 


Seis golpes de estado e o boicote olímpico


Essa história é tão importante que mereceu um trecho próprio. A Argentina sofreu seis golpes de estado durante o século XX, em 1930, 1943, 1955, 1962, 1966 e 1976, sempre sendo estabelecida uma ditadura com quebra dos direitos humanos e milhares de pessoas desaparecidas. 


A primeira transição de governo pacífica da história da nação foi ocorrer apenas em 1989, seis anos após o término da ditadura.


Mas que relação isso tem com os Jogos Olímpicos? Bom, em 1979 a União Soviética invadiu o território afegão, dando origem a Guerra do Afeganistão. Irados com a situação, os Estados Unidos colocaram um embargo econômico contra os soviéticos. A resposta da comunidade ocidental não parou por aí. O presidente estadunidense Jimmy Carter anunciou em março de 1980 o boicote aos Jogos Olímpicos de Moscou, que aconteceria no mesmo ano, convocando seus aliados pelo mundo a darem o mesmo exemplo.  


Ao todo, 69 países se recusaram a participar dos Jogos na União Soviética, entre eles a Argentina. De acordo com uma matéria escrita pelos jornalistas brasileiros João Carlos Assumpção e Marcelo Starobinas, publicada pela Folha de S.Paulo em 8 de setembro de 2002, o governo estadunidense de Carter concedeu ajuda financeira às forças militares e fez relatórios amenos sobre infrações aos direitos humanos nesses países, como barganha para que seus aliados latinos não comparecessem aos Jogos Olímpicos de Moscou 1980. Confira um trecho: 


Foto: Print/Folha de S.Paulo


Nelson Ledsky, assessor da administração em Washington chegou a declarar que os argentinos almejavam a melhoria na relação com os Estados Unidos e sabiam que o boicote era uma forma de alcançar tal objetivo. “Acreditamos que há uma boa chance de convencer o governo argentino”, disse. 


Em 1980, ano do boicote à Olimpíada, os estadunidenses deram US$ 16 milhões aos argentinos, contra US$ 3 milhões em 1979 - parte da ajuda teria sido como contribuição à agricultura, mas acabou sendo direcionada aos militares.


Porém, o Comitê Olímpico Argentino se posicionava contra o boicote aos Jogos de Moscou, como o próprio coronel Antonio Rodríguez, presidente da entidade na época, havia declarado. Mal sabia ele que o governo ditatorial de Jorge Rafael Videla passaria por cima de seus ideais olímpicos. 


O boicote olímpico atrapalhou diversas histórias, como a do time de basquete argentino, que ‘varreu’ o Pré-Olímpico disputado em Porto Rico, com direito a vitória sobre o Brasil de Oscar e Marcel, garantindo assim sua vaga para Moscou 1980. Ninguém saberá o que tal seleção poderia ter feito naquela edição dos Jogos Olímpicos.  


Esportes tradicionais


Futebol

Esporte mais tradicional na Argentina, o futebol masculino local tem quatro medalhas olímpicas. A primeira delas, em Amsterdã 1928, foi conquistada em uma das derrotas mais doloridas contra o Uruguai em finais.


A partida decisiva, no dia 10 de junho daquele ano, terminou com um empate em 1 a 1, sendo necessário um segundo jogo para a definição do ouro. Três dias depois, a Celeste Olímpica, apelido dado à seleção uruguaia, derrotou os argentinos por 2 a 1, ficando então com o título. 


Pelo menos a Argentina não perdeu o Tango para o Uruguai. O estilo musical e de dança foi integrado na lista de Patrimônios Culturais Imateriais da Humanidade, pela UNESCO em 2009, sendo associado aos argentinos e uruguaios respectivamente.   


Já em Atlanta 1996, a Argentina entrou com certo favoritismo na final, já que a adversária seria a ‘zebra’ Nigéria, responsável pela eliminação do Brasil, de virada na semifinal, enquanto todos esperavam o maior clássico do futebol mundial na decisão olímpica. Resultado final: nova virada e Nigéria campeã olímpica ao bater os argentinos por 3 a 2, deixando-os com a prata. 


Mas o ouro tinha que ser conquistado. E foi de forma histórica, para encerrar o jejum de 52 anos sem títulos olímpicos, que a Argentina subiu ao lugar mais alto do pódio no futebol em Atenas 2004. Com um time de craques como Carlos Tevez (artilheiro), Andrés D’Alessandro, Javier Mascherano e Gabriel Heinze, os hermanos ficaram com o inédito ouro na modalidade, vencendo os seis jogos disputados, marcando 17 gols, sem ter a meta vazada durante todo o evento. 


Quatro anos mais tarde, em Pequim, um novo time de estrelas comandadas por Lionel Messi, Juan Román Riquelme e Sergio Aguero levou a Argentina ao bicampeonato olímpico. Mascherano também fez parte deste elenco, tornando-se o primeiro argentino a obter duas medalhas de ouro olímpicas. 


Na final, uma espécie de revanche contra a Nigéria. Melhor para os hermanos dessa vez, que com o gol de Di Maria, subiram mais uma vez ao lugar mais alto do pódio no futebol. 


O dia em que a cria venceu o criador: Argentina de Messi bate o Brasil de Ronaldinho por 3 a 0 na semifinal de Pequim 2008. Foto: Foto-net

Boxe

A modalidade é tão forte no país, que um terço das medalhas de ouro da Argentina, são do boxe. A nação está entre as dez maiores medalhistas neste esporte em toda a história olímpica. 


Além dos sete ouros, outras sete pratas e dez bronzes foram conquistados pelos argentinos. Entre seus pugilistas campeões olímpicos estão Victor Avendano e Arturo Rodriguez (Amsterdã 1928), Carmelo Robledo e Santiago Alberto Lovell (Los Angeles 1932), Oscar Casanovas (Berlim 1936), Pascual Perez e Rafael Iglesias (Londres 1948). 


Além de toda a glória olímpica conquistada no boxe entre 1928 e 1948, a Argentina é o 9º país que mais produziu campeões mundiais da modalidade, 35 ao todo. Tal esporte ganhou apoio em nível nacional quando Luis Ángel Firpo passou a ter destaque em grandes lutas. 


Ele foi campeão sul-americano dos pesos pesados e desafiou o campeão mundial Jack Dempsey em 1923, tornando-se o primeiro latino-americano a lutar pelo título máximo do boxe.  


Campeão olímpico em 1948, Pascual Perez foi além. Conquistou o título mundial peso mosca em 1954, sagrando-se o primeiro argentino campeão mundial de boxe.  Em toda a carreira ele teve 84 vitórias, sendo 57 por nocaute e sete derrotas. 


Pascual Perez. Foto: Reprodução/El Grafico

Hóquei sobre a grama

O hóquei sobre grama argentino é um dos melhores do mundo, tanto no feminino como no masculino. Mas foi com as mulheres que o país surgiu como uma das grandes potências na modalidade.


Donas de incríveis quatro medalhas olímpicas consecutivas (prata em Sydney 2000, bronze em Atenas 2004, bronze em Pequim 2008 e prata em Londres 2012), 'Las Leonas', como são conhecidas, já tiveram o melhor time do mundo em algumas oportunidades, liderando o ranking mundial e conquistando dois títulos da Copa do Mundo de Hóquei sobre grama feminino (2002 e 2010).  


Além disso, a seleção argentina contou com uma das melhores jogadoras da história da modalidade, Luciana Aymar, que se aposentou em 2014. Ela esteve presente em praticamente todos os grandes resultados internacionais da Argentina e foi eleita oito vezes a melhor jogadora do mundo pela Federação Internacional de Hóquei sobre grama (FIH). 


Sua incrível habilidade para driblar adversárias rendeu comparações até mesmo com Diego Maradona. Por isso ela é carinhosamente apelidada como 'La Maga'. 


A seleção feminina conta também com outra craque: Delfina Merino, melhor jogadora do mundo pela FIH em 2017. No elenco nacional, Carla Rebecchi é outra jogadora de destaque. 


O time masculino de hóquei sobre grama da Argentina também é muito forte. Atuais campeões olímpicos, 'Los Leones' conquistaram o ouro no Rio 2016 ao vencer a Bélgica por 4 a 2 na decisão. 


Eles participaram de todas as edições da Copa do Mundo de hóquei sobre grama masculino e obtiveram seu melhor resultado em 2014, alcançando o terceiro lugar. Já em nível continental, a Argentina é dominante. Los Leones têm dez medalhas de ouro nos Jogos Pan-americanos, o último conquistado em Lima 2019. 


Tênis

Desde que o tênis voltou ao programa esportivo oficial dos Jogos Olímpicos, a Argentina conquistou cinco medalhas, ficando duas vezes muito perto do lugar mais alto do pódio na modalidade. São duas medalhas de prata e três de bronze, fora toda a tradição do país neste esporte. 


Atualmente a Argentina tem cinco homens e uma mulher entre os 100 melhores tenistas da ATP e WTA respectivamente. 


E foi pelas mãos de Gabriela Sabatini que a história olímpica da Argentina começou a ganhar brilho no tênis. Ela conquistou a medalha de prata nos Jogos de Seul 1988, após ser derrotada na final pela lendária Steffi Graf por duplo 6-3. 


Na edição seguinte, em Barcelona 1992, mais uma medalha foi conquistada. Os reponsáveis por levar o país rio-platense ao pódio olímpico foi a dupla masculina formada por Javier Frana e Christian Miniussi. 


Em Atenas 2004 foi a vez da dupla feminina Paola Suárez e Patricia Tarabini brilhar e ficar com mais um bronze. 


Mas de 2012 para cá, um tenista da província de Tandil tem levado muito sucesso aos hermanos no tênis. É Juan Martin del Potro, ex-número 3 do mundo. 


Ele têm duas medalhas olímpicas consecutivas: um bronze em Londres 2012, batendo Novak Djokovic na disputa pela medalha, após uma batalha épica contra Roger Federer na semifinal. Já nos Jogos Do Rio de Janeiro, em 2016, Delpo, como é chamado, foi além. Ele derrubou Djokovic na estreia e Rafael Nadal na semifinal, para chegar à final olímpica. O argentino ficou com a prata após perder para o defensor do título, o britânico Andy Murray, em mais um jogo épico (5-7, 6-4, 2-6 e 5-7). 


Atletas destaque


Seleção masculina de basquete: Aqui é necessário exaltar a equipe inteira. A Argentina é atual vice-campeã mundial e chegará com muita força nos Jogos Olímpicos de Tóquio, misturando experiência com juventude. 


Os maiores pilares da equipe são o veterano ala-pivô Luis Scola, do Pallacanestro Varese (ITA), que buscará sua terceira medalha olímpica e o recém-chegado a NBA, Facundo Campazzo, do Denver Nuggets. O time conta ainda com vários jogadores que disputam a Liga ABC (SPA) e a Serie A (ITA), além do forte campeonato argentino. 


Paula Pareto: Atual campeã olímpica nos 48 kg, a judoca argentina ainda não tem sua vaga garantida para Tóquio. No entanto, ela ocupa a sexta posição no ranking olímpicos de sua categoria e neste momento estaria classificada para os Jogos. Ela buscará sua terceira medalha no evento.


Formada em medicina desde 2014, com especialização em ortopedia, Pareto trabalhou durante parte da pandemia de coronavírus, auxiliando médicos da linha de frente. Ela é cotada para ser a porta-bandeira da Argentina na cerimônia de abertura dos Jogos.


Foto: Markus Schreiber/AP Photo

Seleção masculina de hóquei sobre grama: Los Leones ocupam no momento a quinta posição do ranking mundial masculino da modalidade e são os atuais detentores do título olímpico. 


Lucas Vila, atacante do clube belga Leuven, é um dos maiores destaques da equipe, tendo ficado na lista de melhores jogadores do mundo em 2013 e 2019. 


Na primeira fase dos Jogos Olímpicos de Tóquio, a seleção argentina enfrentará a Austrália (2ª no ranking mundial), Índia (4ª no ranking), Nova Zelândia (8ª), Espanha (9ª) e o Japão (15º). Os quatro melhores do grupo avançam às quartas de final. 


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