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Treinos do taekwondo no CT do COB terminam com feedback para 'olímpicos' e atualização do banco de dados





O Brasil terá três representantes no taekwondo em Tóquio 2020. Num cenário ainda de incertezas por conta da pandemia de Covid-19, Edival Marques “Netinho”, Icaro Miguel e Milena Titoneli se cercaram de cuidados, avaliações e simulados durante o treinamento de campo realizado no Centro de Treinamento do COB, no Parque Aquático Maria Lenk, de 12 a 19 de janeiro. E o resultado desse camping foi apresentado em reuniões individuais com cada atleta e a Comissão Técnica da Confederação Brasileira de Taekwondo (CBTKD) que, desde 2018, atualiza constantemente um banco de dados com informações dos atletas da seleção brasileira.

“A seleção se reúne apenas em períodos específicos e, por isso, procuramos fazer com que esses treinamentos sejam os mais produtivos possíveis. Tentamos fazer esse mapa dos atletas tanto na parte física, quanto na técnica e tática. Com o relatório em mãos, o atleta sabe o que treinar na academia dele. O intuito é que esses campings impactem cada atleta ao máximo”, explica Diego Morine, preparador físico da CBTKD.

As avaliações físicas já estão sistematizadas, e os resultados são comparados com a média de outros atletas da seleção na mesma categoria. Na parte tática, o feedback é mais complexo tendo em vista a dificuldade de se avaliar objetivamente. Para isso, a Comissão Técnica realiza dois tipos de avaliações: obediência tática e round situacional.

“Obediência tática é quando, durante um round, colocamos alguns objetivos para os atletas cumprirem. E o round situacional é o que modificamos as regras da luta para medir o desempenho e o comportamento em determinada situação”, diz Morine.

O round situacional simula, por exemplo, como estar em vantagem e conseguir mantê-la durante os últimos minutos de luta ou estar em grande desvantagem em relação ao adversário e ter pouco tempo para buscar uma reação. Num momento em que as competições estão paradas, esse tipo de treinamento ganha ainda mais relevância. 

“Nunca fiquei tanto tempo sem competir desde que me tornei atleta de alto rendimento. E encontrar com situações que chegam muito próximo de uma competição é algo muito importante”, analisa Icaro, primeiro brasileiro na história a liderar o ranking mundial. 

“Isso é algo bastante explorado no mundo. Quando estávamos na Sérvia (dentro da Missão Europa), fizemos muitos simulados como esse, inclusive com atletas estrangeiros. Teve semana em que treinei com outros cinco medalhistas mundiais da minha categoria”, completa o vice-campeão mundial da categoria até 80kg em 2019.

Nos aspectos técnico e tático, não há comparação com outros atletas porque cada um possui características próprias. Ainda assim, é possível notar a evolução individual nos treinos e as reações às situações de luta. Por meio de um indicador, elabora-se uma escala de pontuação do que foi avaliado. Já em relação à parte física, até a antropometria é comparada. Isso sem contar os indicadores fornecidos pelo Laboratório Olímpico.

“Estar no Centro de Treinamento do COB é de extrema importância porque aqui conseguimos fazer avaliações diferentes do nosso dia a dia. Os exames e testes físicos nos ajudam a ter parâmetros para continuarmos evoluindo e chegar aos Jogos Olímpicos na melhor forma possível. Estamos com a seleção, com a comissão técnica completa, ajustando o que é necessário”, conta Milena Titoneli, bronze no Mundial de Manchester e ouro nos Jogos Pan-americanos de Lima, ambos em 2019. 

“Ter participado da Missão Europa e, agora, desse treinamento de campo ajudou muito a viver coisas que sentimos em competição e não estávamos vivemos nos últimos meses. Foram ações que agregaram muito na minha preparação”, conclui.

Foto: Rafael Bello/COB


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