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Fundação Palmares exclui homenagens a atletas negros medalhistas olímpicos e paralímpicos




A Fundação Cultural Palmares, criada para combater o racismo e valorizar os feitos de pessoas negras do Brasil, retirou na última quarta-feira (2) o nome de 27 personalidades de uma lista de homenageados. O fato ocorreu após o órgão ligado ao governo federal ter definido em novembro que passaria a ter apenas tributos póstumos e não mais em vida. 


Assim,  Janeth Arcain (duas medalhas olímpicas no Basquete feminino) , Joaquim Cruz (primeiro campeão olímpico no atletismo após Adhemar Ferreira da Silva) e Vanderlei Cordeiro de Lima (bronze em Atenas e único brasileiro dono da medalha Pierre de Coubertin), Servílio de Oliveira (primeiro medalhista olímpico do Boxe), Terezinha Guilhermina (seis medalhas paralímpicas no atletismo) e Ádria dos Santos (brasileira com mais medalhas paralímpicas na história, 11 no total) deixaram de figurar na lista da entidade. Esses seis ex-atletas conquistaram 19 medalhas paralímpicas e 6 olímpicas.


A portaria havia estabelecido em 11 de novembro que as mudanças começam a valer em 1º de dezembro e teriam caráter retroativo, ou seja, com a exclusão dos nomes homenageados em vida. Sérgio Camargo, atual presidente da fundação, foi o responsável por informar as alterações na lista, que incluiu o nome de João do Pulo, ex-recordista mundial do salto triplo e dono de duas medalhas de bronze em Olimpíadas. O paulista morreu em 1999, aos 45 anos, após uma crise hepática.


"Para que pessoas sejam reconhecidas em vida, novas homenagens, premiações e diplomas devem ser divulgados pela Fundação em breve"  diz a nota oficial no site da Fundação Palmares.


Com informações de globoesporte.com

foto: Divulgação

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