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Brasileiros dos 100m são o destaque do GP Brasil de Atletismo





O Grande Prêmio Brasil de Atletismo voltou a cidade de São Paulo depois de 25 anos. E a competição, válida pelo World Athletics Continental Tour Silver 2020, marcou a inauguração da nova pista do Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa, na Vila Clementino, instalação da Prefeitura de São Paulo. Sem a presença de público, por causa das limitações impostas pela pandemia da COVID-19, o GP reuniu no domingo (6) 154 atletas de 17 países, incluindo o Brasil, em 21 provas – 11 no masculino e 10 no feminino.



As duas finais dos 100 m chamaram a atenção e foram vencidas por brasileiros. Vitória Rosa confirmou a boa fase e obteve o seu melhor resultado do ano com 11.30 (0.3). “Saí com a sensação que dá para melhorar mais ainda a marca no Troféu Brasil”, disse a atleta carioca, referindo-se ao principal torneio interclubes da América Latina, que será disputado de quinta-feira (10/12) a domingo (13/12), também no Centro Olímpico. “Estou olhando para frente para a Olimpíada de Tóquio e com maior foco nos 200 m, prova com eu mais me identifico”, concluiu.



Na prova masculina, o paulista Felipe Bardi dos Santos confirmou a boa temporada e venceu com 10.25 (-0.2), superando o favorito Paulo André de Oliveira, tricampeão do Troféu Brasil, que ficou em segundo lugar, com 10.30.



“Estou muito feliz por vencer o GP e principalmente a pandemia. Foi um ano muito complicado e é muito bom liderar o ranking brasileiro de 2020”, comentou Felipe, que chorou muito com a vitória. “Foi uma prova forte, com atletas de nível mundial. Me emocionei pela semana difícil que tive. Foi meu primeiro GP e estava muito nervoso.”



Paulo André, o melhor velocista do País, encarou o segundo lugar com naturalidade. “Estou no treino de base. Não é o momento de conseguir bom resultado. Fiquei feliz com a vitória do Bardi, mais um velocista importante”, comentou. “Agora vou focar no Troféu Brasil. Quero a quarta vitória consecutiva, mas com os pés no chão”, complementou.



No arremesso do peso, Darlan Romani foi o campeão, com 20,91 m. O recordista sul-americano e quarto lugar no mundo de 2019, com 22,61 m, saiu aborrecido do Centro Olímpico. “Não era a marca que queria. Sei que posso ir melhor e espero conseguir isso no Troféu Brasil. Cometi alguns erros e tenho de aprender com eles”, observou o medalha de ouro no Sul-Americano e no Pan-Americano de 2019 em Lima. “Foi um ano complicado. É a primeira temporada desde 2016 que não faço nenhuma prova internacional.”



No lançamento do disco, a paraibana Andressa Oliveira de Morais, recordista sul-americana, comemorou muito a sua participação no GP Brasil, embora tenha ficado em segundo lugar, com 60,94 m. Afinal, ela voltou às competições depois de 15 meses de suspensão. “Foi um período muito difícil, que tive de lidar com o emocional e as dificuldades da situação. Fiz musculação em casa e treinei num campo perto de casa. Me mantive focada, já qualificada para a Olimpíada, Não fiquei de treinar nenhum dia”, comentou Andressa.



A portuguesa Liliana Cá obteve o recorde pessoal para vencer a prova, com 61,91m. Fernanda Borges, sexta colocada no Mundial de Doha-2019, terminou em terceiro lugar, com 60,46 m.



Já Alexsandro Melo deixou a pista do Centro Olímpico muito feliz. Ele venceu o salto em distância, com 7,86 m (1.6), e ficou em segundo no salto triplo, com 16,21 m (1.9), sendo superado pelo argentino Maximiliano Diaz, com 16,24 m (1.8). “Estou muito feliz por ter feito duas provas e sair sem sentir dores nas costas, o problema que tem me atrapalhado nas últimas semana”, disse o atleta, qualificado para os Jogos se Tóquio. “Vamos com tudo para o Troféu Brasil.”



No salto triplo feminino a vitória foi da brasileira Gabriele Sousa dos Santos, com 14,10 m. Keila Costa ficou em segundo (13.84) e Nubia Soares na terceira colocação (13.92). "Estou feliz por volta, o resultado não foi bom e quero mais no Troféu Brasil. Mas o bom é ter voltado", disse Núbia Soares, que treina em Guadalajara, Espanha, com o cubano Ival Pedroso.



Pelo Brasil, Jucilene Sales de Lima ficou muito feliz com o resultado do lançamento do dardo - foi a primeira colocada com 60,89 m. E a principal razão de sua felicidade foi competir sem dor nas costas, totalmente recuperada de sucessivas temporadas lesionada. A marca nem importou, porque para Jucilene é o início para concretizar "o sonho de ir para a Olimpíada" (o índice é de 64 m).



A colombiana Yennifer Gonzalez ganhou os 400 m entre as mulheres (52.62) e o brasileiro Lucas da Silva Carvalho foi o primeiro na prova entre os homens (45.77).



Yennifer, que treina em Quito, Equador, comentou que correu sua primeira competição do ano em São Paulo, numa temporada totalmente prejudicada pela pandemia da COVID-19. "Foi muito bom correr", disse a campeã do Pan-Americano de Guadalajara-2011.



Lucas disse que seu objetivo é buscar o índice olímpico nos 400 m individual e também está de olho no revezamento 4x400 m misto, prova que vai estrear no programa olímpico e na qual o Brasil já garantiu presença.



"Graças a Deus voltei este ano, treinei na pandemia bem sem dor", disse Jonathas da Silva Brito, que venceu os 110 m com barreiras com 13.71. "A sensação é a melhor possível porque no ano passado eu fui vice-campeão", completou. Ketiley Batista, de 22 anos, ganhou os 100 m com barreiras, com 13.29. "Foi minha primeira vitória em um GP."



Matheus Pessoa venceu os 800 m, com 1.48.20, a prova nacional do programa. Outros vencedores: German Chiaraviglio (Argentina), no salto com vara, com 5,55 m; Fernando Ferreira (Brasil), no salto em altura, com 2,24 m; Auriol Dongmo (Portugal) líder do Ranking Mundial, venceu o arremesso do peso com 18,57 m; Eliane Martins (Brasil), no salto em distância, com 6,45 m.



Nos 400 m com barreiras venceram os brasileiros Márcio Teles, com 50.60, e Bianca dos Santos, com 57.40. Nos 3.000 m com obstáculos os ganhadores foram Tatiane Raquel da Silva (Brasil), com 10.05.03, e Geofrey Kipkemboi (Quênia), com 8.27.58.


Foto: Wagner Carmo/CBAt

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