O Centro Nacional de Segurança Cibernética do Reino Unido, em investigação conjunta com agências dos Estados Unidos chegaram à conclusão de que os serviços de inteligência militares da Rússia, entre eles o Centro Principal de Tecnologias Especiais, planejavam um ciberataque durante a realização dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio.
De acordo com a investigação, o plano do ciberataque corria normalmente antes da pandemia de coronavírus e do adiamento olímpico e tinha como alicerce atrapalhar os organizadores dos Jogos, serviços de logística e patrocinadores.
Outros ataques desse tipo, entre 2015 e 2019, foram atribuídos aos hackers russos, como o que comprometeu servidores dos Jogos Olímpicos de Inverno PyeongChang 2018, durante a cerimônia de abertura na Coreia do Sul. Este ataque derrubou o acesso à internet, interrompendo transmissões de mídia. Além disso, investigadores afirmaram ainda que o mesmo grupo foi responsável por ciberataques durante as eleições presidenciais na França em 2017.
Por fim, a inspeção detectou que algumas atividades ciberneticas da inteligência russa foram direcionadas às agências que conduzem investigações sobre o doping esportivo russo, sugerindo uma retaliação.
O comitê organizador dos Jogos Olímpicos de Tóquio comentou o caso e alegou que até o momento nenhum impacto havia sido observado entre os possíveis ataques.
“Os Jogos de Tóquio observam a segurança cibernética como um aspecto importante para hospedar este evento, e o comitê organizador está tomando uma série de medidas e fazendo preparativos completos”, disse um comunicado enviado ao jornal inglês The Guardian.
“Embora não possamos divulgar detalhes das contra-medidas devido à natureza do tópico, continuaremos o trabalho em estreita colaboração com as organizações e autoridades relevantes para garantir que as medidas sejam totalmente implementadas".
Principal porta-voz do governo japonês, Katsunobu Kato disse que o país fará o que for possível para garantir que o evento seja livre de ataques cibernéticos.
“Não poderíamos ignorar um ataque cibernético mal intencionado que poderia minar os alicerces da democracia”, disse Kato, reiterando que as autoridades japonesas estão coletando novas informações sobre o caso, para compartilhar com outros países.
Na última segunda-feira (19), os Estados Unidos indiciaram seis oficiais da inteligência militar russa por suposto envolvimento nos ataques de hackers nas Olimpíadas de Inverno de 2018 e em alvos do malware "NotPetya", incluindo um hospital da Pensilvânia.
Foto: Associated Press
1 Comentários
Logo quem? Pode se esperar tudo da Rússia...
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