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Em live, judoca Maria Portela destaca importância de treinos na Europa na busca pela vaga em Tóquio


A judoca Maria Portela, da seleção brasileira, está em Coimbra, Portugal, há mais de 70 dias na Missão Europa para que atletas de alto rendimento do país pudessem retomar a preparação para os Jogos de Tóquio. Convidada de uma live da Secretaria Especial do Esporte realizada no último dia 24 , a gaúcha, que começou na modalidade aos oito anos por meio de um projeto social, destacou a importância dos treinamentos na Europa para atingir seu grande sonho: o pódio olímpico.

"Fiquei quatro meses isolada em casa, mantendo os treinamentos pelo meu clube, o Sogipa, via plataforma digital. A missão do COB, junto com a Confederação Brasileira de Judô, foi fundamental para que voltasse a me sentir atleta, voltasse à minha rotina de treinamentos. Estamos aqui há 72 dias. É o período mais longo que fiquei longe de casa, da minha família, dos meus colegas de treino, mas é um período importante para a gente retomar a performance, para evoluir passo a passo", ressaltou Maria Portela, que estava próxima de garantir a vaga olímpica quando a pandemia se alastrou e fechou as fronteiras mundo afora.

"Foi um impacto grande. Nós estávamos em plena preparação para os Jogos Olímpicos quando foi cancelada a competição na Rússia (Grand Slam de Ecaterimburgo). Eu já tinha embarcado, estava no Rio de Janeiro. Fiquei assustada, porque também não poderíamos mais treinar no clube, somente em casa, com os treinos via plataforma digital", relatou a atleta, que se prepara para sua terceira participação olímpica. "Fiquei ansiosa, até pelo fato de eu estar trabalhando para disputar minha última Olimpíada. Tenho uma expectativa grande de chegar a um pódio, então, ficou tudo confuso. Ficar em casa treinando não chegava nem próximo do que é a minha rotina de treinamento, apesar de eu me manter ativa", detalhou a judoca, bronze nos jogos Pan-Americanos de Guadalajara 2011 e Toronto 2015, na categoria até 70Kg. 

Após as experiências nos Jogos de Londres 2012 e Rio 2016, ela se diz mais preparada e focada. "É importante trabalhar todas as áreas 100%, da melhor maneira. Claro, o meu objetivo, meu foco, eu acordo todos os dias com a determinação de estar no pódio nos Jogos de Tóquio. Durante todo esse período pude reformular muitas coisas na minha vida e cada vez mais tenho a certeza e a tranquilidade que vou trilhar esse caminho. Darei o meu melhor em cima do tatame para voltar com a medalha. É o meu grande objetivo, desde criança sonho com isso e, pelo fato de ter disputado duas Olimpíadas, consigo perceber algumas coisas que faltaram na primeira, que consegui completar na segunda e, mesmo assim, agora para a terceira eu sei que tem muita coisa para ser trabalhada e quero ter a tranquilidade de saber que dei o meu melhor na minha preparação". 

No sábado (26.09), a judoca vai participar de uma competição amistosa em Coimbra, promovida pela CBJ. Em outubro, a previsão é de retomada do circuito mundial, com o Grand Slam de Budapeste, na Hungria. "Fiquei feliz quando soube dessa competição amistosa, que não é obrigatória. A confederação conversou com a gente, viu os atletas que estavam se sentindo bem. Eu achei uma oportunidade de ter a adrenalina da competição, colocar em prova depois de tanto tempo treinando e corrigindo detalhes. Tive um período em que pude estudar minhas adversárias e meu jogo, agora é o teste final", comentou Portela, que disputou um torneio pela última vez em fevereiro. 

A expectativa fica pelo retorno para casa já neste fim de semana e a continuidade dos treinos. "A gente tem um plano de ação para quando retornar ao Brasil. Então a gente está com expectativa grande de voltar a competir, conseguir a pontuação e chegar no próximo ano bem preparada para os Jogos, que serão bem atípicos".

Foto: Rede do Esporte/Roberto Castro

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