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'Balotelli' treina pelo índice olímpico no decatlo para Tóquio


O pernambucano José Fernando Ferreira Santana, o Balotelli, é a maior revelação do decatlo brasileiro. Aos 21 anos, completados em 27 de março, o atleta do Projeto Atletismo Campeão (PE) foi campeão do Troféu Brasil de 2019, em Bragança Paulista (SP), e agora sonha com o índice para os Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2021.

Nascido na cidade de Pesqueira, no agreste de Pernambuco, o atleta terminou a temporada 2019 na liderança do ranking brasileiro e sul-americano do decatlo, com 7.944 pontos, recorde pessoal. O objetivo é alcançar o índice de 8.350 pontos, exigido pela World Athletics (ex-IAAF) para a Olimpíada.

“Quero primeiro superar a barreira dos 8.000 pontos. O foco é conquistar o bicampeonato do Troféu Brasil este ano e brigar pelo índice olímpico”, disse o pernambucano, que começou no atletismo em 2013 no lançamento do dardo e depois migrou para o decatlo, conjunto de 10 provas.

O ano de 2020 não está sendo fácil. Balotelli, que ganhou o apelido em referência ao atacante Mario Balotelli, da seleção italiana de futebol, treinou em casa no início da pandemia e agora voltou para o Centro Esportivo Santos Dumont, no Recife. “Levei um material emprestado para casa e pude treinar na quarentena para não interromper totalmente a preparação”, lembrou o atleta. “Eu jogava futebol, mas num determinado momento precisei dar uma força para minha mãe, Ana Júlia, e aí surgiu a oportunidade de ganhar uma bolsa atleta do Estado de Pernambuco no atletismo. Comecei e gostei”, afirmou o campeão brasileiro sub-20 de 2018 no salto com vara, com 4,13 m, e no decatlo, com 6.775 pontos.

As melhores marcas do atleta em seu recorde pessoal foram 10.78 nos 100 m, 7,21 m no salto em distância, 12,75 m no arremesso do peso, 1,98 m no salto em altura, 49.35 nos 400 m, 14.40 nos 110 m com barreiras, 44,90 m no lançamento do disco, 4,60 m no salto com vara, 63,80 m no lançamento do dardo e 4:50.90 nos 1.500 m.

A vitória no Troféu Brasil foi um marco em sua carreira. “É o tipo da conquista que a gente sonha, mas quando consegue, fica difícil de acreditar. Estava no pódio com dois atletas olímpicos e queria estar junto deles, queria só tirar uma foto no pódio e tirei, no lugar mais alto”, comentou José Fernando, referindo-se a Felipe Vinícius dos Santos e Luiz Alberto de Araújo, prata e bronze na competição.

Em um ano de trabalho com os técnicos Fernando Brito, Abraão Nascimento e Felipe Moura, conseguiu melhorar marcas em seis provas: 100 m, vara, disco, dardo, 400 m e 110 m com barreiras. “Preciso melhorar no peso, altura, distância e 1.500 m”, lembrou Balotelli.

“Ele tem bom potencial e começou no decatlo há quatro anos. Segue a nossa metodologia e tem tudo para lutar por marcas melhores, visando o índice olímpico”, comentou Abraão Nascimento, do Projeto Atletismo Campeão (PE) e da Associação de Apoio a Pessoa Portadora de Deficiência.

Foto: CBAt/Wagner Carmo

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