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Após 22 anos de carreira e 16 títulos de Grand Slam, irmãos Bob e Mike Bryan anunciam aposentadoria do tênis


Detentores de diversos recordes no tênis em duplas, os irmãos gêmeos Bob e Mike Bryan colocaram um ponto final em suas respectivas carreiras na noite da última quarta-feira (26). Ao longo de 22 anos dentro das quadras, foram 119 títulos, sendo 16 de Grand Slam. Eles ficaram por 438 semanas na liderança do ranking mundial e terminaram 10 anos como melhor dupla do mundo. Além disso, conquistaram juntos a medalha de ouro para os Estados Unidos nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012

Em entrevista ao The New York Times, a dupla de maior sucesso na modalidade revelou a aposentadoria. 

“Nós dois sentimos nas entranhas que é o momento certo”, disse Mike Bryan, o mais velho dos gêmeos, diferença de apenas 2 minutos. “Nessa idade dá muito trabalho sair e competir. Ainda adoramos jogar, mas não adoramos deixar nossos corpos prontos para viajar. A recuperação é mais difícil. Sentimos que fomos competitivos este ano, no ano passado, no ano anterior. Queremos sair agora, onde ainda temos um bom tênis”.

Entre 2012 e 2013 os irmãos Bryan tiveram uma sequência de quatro títulos de Grand Slam, somados à conquista do ouro olímpico nos Jogos de Londres, concluindo um "Golden Slam fora de época", já que a série de triunfos começou pela medalha, seguida pelo US Open também em 2012, o Australian Open, Roland Garros e Wimbledon, ambos em 2013. 

“Éramos praticamente imparáveis ​​durante aqueles anos”, disse Bob em uma chamada de vídeo. “Quando tinhamos uma pausa no saque, sorriamos, e nenhuma negatividade entrou em nosso jogo”. 

Foto: Andy Brownbill /Associated Press

O plano inicial era encerrar a carreira no US Open deste ano, diante o público estadunidense. Porém, com a chegada da pandemia de coronavírus em março, a paralisação do circuito por cinco meses e a confirmação de que o Major nova-iorquino seria realizado sem a presença dos fãs, Bob e Mike optaram por confirmar a aposentadoria, ao invês de participar do torneio sem público.

“Não estávamos neste último ano apenas para jogar as partidas e ganhar pontos ou ganhar dinheiro”, disse Bob. “Foi para realmente agradecer a todos e sentir o clima uma última vez. As multidões, são o que torna o US Open mágico em nossas mentes. Nós realmente aplaudimos o Aberto dos Estados Unidos por ser realizado, além de todo o trabalho que eles colocaram para devolver o tênis aos fãs na TV e dar aos jogadores a oportunidade de competir novamente e ganhar dinheiro. Mas simplesmente não era certo para nós”. 

Aos 42 anos, Mike e Bob reforçam que a relação segue cada vez mais forte, mesmo agora, com o término de suas carreiras. 

“Ainda somos melhores amigos e temos uma conexão mais forte agora do que nunca”, disse Mike. “Você sabe como pode ser difícil como irmãos se darem bem o tempo todo. E fizemos isso funcionar por tanto tempo em situações de alta pressão, comendo todas as refeições juntos, praticando juntos".

“Para muitas pessoas, isso fica bem obsoleto, mas mantivemos nosso casamento forte. Precisávamos de um pouco de terapia aqui e ali, mas no final deu certo, e olhando para trás, para nossa longevidade, isso é algo de que podemos nos orgulhar, por termos feito isso dia após dia juntos”, reiterou Mike.

O último troféu erguido pela dupla foi no ATP 250 de Delray Beach, em fevereiro deste ano, antes da pandemia de coronavírus ser decretada. 

Foto: AFP

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