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A um ano dos Jogos Olímpicos, COB lidera retomada das atividades de preparação rumo a Tóquio


No dia 23 de julho, o mundo celebra, pela segunda vez, a marca de um ano para os Jogos Olímpicos de Tóquio. Uma situação inédita causada pela pandemia do novo coronavírus que fez com que o Comitê Olímpico do Brasil (COB) alterasse suas rotinas e procedimentos com o objetivo de zelar pela integridade física e saúde de seus públicos diretos (atletas, treinadores e colaboradores), garantir a sustentabilidade do Movimento Olímpico nacional através das Confederações Brasileiras, bem como propiciar a melhor preparação e condições de classificação para os atletas. Nos últimos dias, em um importante movimento de retomada, foram colocadas em prática duas grandes ações: a primeira fase da Missão Europa e a reabertura do Centro de Treinamento Time Brasil, no Parque Aquático Maria Lenk.

“Desde que o COI anunciou o adiamento dos Jogos Olímpicos no dia 11 de março que o COB trabalha incessantemente na busca por alternativas que permitam que o Movimento Olímpico Brasileiro supere o cenário trazido pela pandemia da melhor forma possível. Estamos dando passos seguros para proporcionar uma preparação adequada aos nossos atletas”, disse o presidente Paulo Wanderley. “É possível ver em cada atleta presente nessas ações a chama olímpica acesa. Daqui a um ano nos apresentaremos em grande forma do outro lado do mundo”, completou.

Os atletas retomaram a confiança nos treinamentos. No CT Time Brasil, 40 estão liberados para acessar as dependências nessa primeira semana de reabertura da instalação. O acesso será permitido ainda para treinadores, equipes multidisciplinares e funcionários do COB – que estavam em home office desde 18 de março e voltaram à atividade na última segunda (13) -, todos testados previamente. O primeiro grupo a utilizar o espaço é formado por atletas que residem no Rio e já garantiram vaga para os Jogos Olímpicos de Tóquio ou estão próximos da classificação olímpica e não integram a Missão Europa. Novas permissões serão concedidas gradualmente, de acordo com as cinco fases estabelecidas pelo protocolo do COB.

“É um momento bom para retornar a treinar e a cabeça continua com o mesmo objetivo. A sensação é de começar tudo de novo em busca de um sonho. Espero que agora a gente possa voltar com tudo todos os dias treinando. Daqui a algumas semanas, vamos para a Missão Europa e lá a gente conseguirá correr um pouco mais atrás. Talvez já tenha duas competições. Por estarmos na Europa por mais de três semanas, ficaremos autorizadas de poder competir. Se elas realmente acontecerem, já começamos a voltar ao ritmo. Então, agora é fazer o que a gente sempre fez, treinar bastante, que vai dar tudo certo”, enfatizou a campeã mundial de maratonas aquáticas Ana Marcela Cunha, que voltou ao CT Brasil na última segunda-feira.

Já a Missão Europa, que levará mais de 200 atletas para treinar no Velho Continente até dezembro, teve início na última sexta (17) com 112 pessoas, entre eles 72 atletas, sendo 37 homens e 35 mulheres, de seis modalidades – boxe, ginástica artística, ginástica rítmica, judô, natação e nado artístico - que embarcaram para Portugal, escolhido por estar em um estágio avançado no enfrentamento à Covid-19 e por já ter sido escolhido como base principal de aclimatação do Time Brasil para os Jogos Olímpicos Paris 2024.

“Estamos muito felizes por termos retornado aos treinos após tanto tempo paradas e já com um objetivo, que é o pré-olímpico de nado artístico, pra conseguimos a vaga em Tóquio. Este ano já estávamos tensas, sentindo essa emoção dos Jogos se aproximando. Mas, quando tudo isso mudou e a contagem regressiva recomeçou, surgiu uma nova chance de estarmos melhor preparadas e ainda mais prontas para os Jogos. É muito bom sentir essa vibração novamente”, celebrou a atleta Luisa Borges, do nado artístico.

COB também segue dando apoio a outros atletas do Brasil retomaram suas atividades em locais em que a pandemia está sob controle. São os casos de Thiago Braz, do salto com vara, na Itália; Nubia Soares, do salto triplo, na Espanha; Nathalie Moellhausen, da esgrima, na França; Tati Weston Webb, do surfe, no Havaí, dentre inúmeros outros, no Brasil e no exterior, que seguem sendo monitorados diariamente pela equipe de gestão esportiva do COB.

“Estamos acompanhando todas as ações e as monitorando para identificar qualquer necessidade específica. Para o COB, nada é mais importante que o atleta, por isso todas as nossas atenções são voltadas para que consigamos retomar nossas atividades com segurança, dosando a carga de treinos e evitando riscos de lesões. É importante entender que todas essas ações são complementares e serão ampliadas aos poucos e dentro do possível, ainda em ambiente de pandemia”, disse Jorge Bichara, diretor de esportes do COB.

A Missão Europa e a reabertura do CT dão continuidade ao pacote de medidas desenvolvidas pelo COB desde março, e apresentadas no dia 18 de maio, para apoio ao sistema olímpico em tempos de pandemia, o Programa Emergencial de Apoio ao Sistema Olímpico. Entre elas, a garantia dos R$ 120 milhões do orçamento ordinário de 2020, sem cortes; R$ 10 milhões para projetos de desenvolvimento esportivo junto às Confederações; e um aporte de recurso de R$ 7 milhões para ser utilizado em ações de combate à pandemia (compra de testes e equipamentos de EPI, por exemplo), projetos esportivos e administrativos (como pagamento de fornecedores, tributos, aluguéis, etc), em virtude do impacto financeiro na receita das entidades no momento. A distribuição é igualitária entre todas as confederações olímpicas.

“O COB entendeu a responsabilidade que tinha em mãos e arregaçou as mangas para garantir a sustentabilidade de todo o sistema olímpico e também uma preparação adequada aos nossos atletas para os Jogos Olímpicos de Tóquio, ao mesmo tempo em que mobilizou para inspirar e sensibilizar a sociedade no combate à Covid-19. Daqui a um ano, estaremos prontos para mais um grande desafio”, disse o diretor-geral Rogério Sampaio.

O COB segue trabalhando pensando no Time Brasil no Japão. Os contratos com as companhias aéreas, com as empresas que fornecerão alimentação brasileira aos nossos atletas durante os Jogos, com a Peak, fornecedora de material, e com as nove bases de aclimatação antes dos Jogos foram renegociados. Em 2021, os atletas brasileiros terão à disposição bases em Chiba, Enoshima, Hamamatsu, Sagamihara, Miyagase, Saitama, Ota, Koto e Chuo, esta última bem perto da Vila Olímpica. A divisão de modalidades em cada base está sendo definida de acordo com os planejamentos conjuntos entre COB e confederações.

“Temos a certeza de que esses 365 dias passarão muito rápido. E, por isso, estamos trabalhando intensamente. É uma logística que vem sendo preparada com muita antecedência, desde antes do Rio 2016, e que foi mantida para o ano que vem. Nós sabemos que os desafios para Tóquio serão muitos: a cultura, o fuso horário, a gastronomia, a distância. Mas tudo já foi testado, e novas experiências serão vividas antes dos Jogos, que possamos oferecer as melhores condições para que nossos atletas se preocupem apenas com o desempenho esportivo”, disse Marco La Porta, chefe da Missão Tóquio 2020 e vice-presidente do COB.

Foto: COI;/Divulgação

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