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Lucão afirma que não vê Olimpíada acontecendo em 2021 sem uma vacina para o coronavírus



O central Lucão - campeão olímpico na Rio 2016 - torce para que a modalidade realize sua retomada com mais eficiência do que o país em geral, que, em suas palavras, está uma bagunça em meio ao caos provocado pela pandemia da COVID-19. Em uma live promovida pelo diário 'Lance!', o gaúcho contou que tem descarregado as energias na bola de vôlei e mantido o corpo em movimento sozinho em um ginásio em Pindamonhangaba (SP), onde mora, e refletiu sobre a pandemia, a crise no vôlei brasileiro, a carreira e as futuras gerações.

Aos 34 anos, o atleta do EMS Taubaté Funvic admite que não vive hoje uma expectativa pelos Jogos de Tóquio tão intensa quanto antes, ainda que o evento tenha sido adiado para 2021 e esteja no radar de todos os brasileiros. A postura dos japoneses no planejamento, na visão dele, será de responsabilidade para garantir a saúde dos envolvidos e a presença do público. E se a conta não fechar, o jeito é esperar Paris-2024.

"Eu não vejo os Jogos Olímpicos acontecendo ano que vem sem uma vacina. Querendo ou não, o evento é feito não só para os atletas, mas para o público. É o principal foco. Tem vários poréns lá no Japão. A Vila Olímpica já tem apartamentos vendidos para pessoas. Eles constroem os prédios e, após as competições, as pessoas da cidade passam a morar lá. Tem prazos, contratos. Os japoneses são muito certinhos, então tenho certeza absoluta de que os Jogos não acontecerão se não estiver tudo muito correto."

Lucão também acredita que não veremos seleções levando vantagem por conta de voltarem a treinar antes por se recuperarem da pandemia de coronavírus mais rapidamente e ainda avaliou a Brasil nesse último ciclo olímpico.

"Acho que está parecido com 2016. Quase fomos desclassificados na primeira fase. A França, que era um dos principais times na briga pelo ouro, caiu na classificatória. O vôlei masculino está mais equilibrado ano após ano. A parte de treinamentos e a estatura estão cada vez mais parecidas. Temos um equilíbrio muito grande. Vejo que cada país tem um quesito que ganha. A Rússia na força e alcance, a França na defesa, EUA no conjunto, a Polônia como equipe e em estatura, e com dois a três times. É impressionante o que eles conseguiram criar. O Brasil está sempre ali, entre os três primeiros, sem largar o osso. Nunca ganhamos nada fácil. "

Lucão concluiu falando que a rotina de treinamentos ainda é mais dura com Renan do que o Bernardinho: "Temos aquela ideia que o Bernardo colocou desde 2012, de que ninguém vai trabalhar mais do que a gente, e isso no final faz uma diferença. Com o Renan, não mudou, até piorou! Temos treinado que nem cavalos. Vemos que tem jogos que estão indo para o saco, como no Pré-Olímpico, contra a Bulgária, mas no finalzinho encontramos uma saída. Os frutos são colhidos lá na frente."

foto: FIVB/Divulgação

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