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COI anuncia novas diretrizes de organização para Tóquio 2020: “Simplificar e otimizar os Jogos”


O Comitê Olímpico Internacional (COI), na figura do presidente da entidade, Thomas Bach, se reuniu virtualmente com os organizadores dos Jogos de Tóquio nesta quarta-feira (10) com o intuito de levantar medidas para tornar as Olímpiadas - adiadas para 2021 - mais simples, baratas e seguras.

De acordo com a agência de notícias japonesa Kyodo, juntos, COI e organizadores formularam 200 ideias para simplificar os Jogos de Tóquio. Os organizadores locais delinearam três princípios centrais para as Olimpíadas adiadas - “proporcionar um ambiente seguro, minimizar os custos para obter o entendimento dos moradores de Tóquio e do público em geral e simplificar os Jogos por questões de segurança e sustentabilidade”.

O comitê organizador local revisará cada item da lista e espera-se que a Comissão de Coordenação do COI faça uma proposta final na reunião do conselho executivo da entidade em setembro, depois de discutir com as federações esportivas internacionais.

A entidade anunciou que pretende confirmar os locais de disputa e o novo calendário de eventos dos Jogos ainda no meio deste ano. Há a expectativa de que os organizadores decidam receber menos espectadores nas arenas. As cerimônias de abertura e de encerramento também devem ter o orçamento reduzido.

Após a reunião, foi publicado um cronograma com uma série de pontos fundamentais para a execução das Olimpíadas e das Paralimpíadas de maneira segura e sustentável. O planejamento abrange o período entre junho de 2020 e setembro de 2021 e inclui desde o desenvolvimento de um novo calendário até o diálogo com patrocinadores e prestadores de serviço acerca da otimização de sua participação, além da promoção de medidas de prevenção ao contágio pela COVID-19.

Manifestações durante os Jogos também foram pauta

Outro assunto discutido foi a polêmica envolvendo o direito ou não dos atletas de protestarem durante os Jogos Olímpicos. O COI tem mantido uma linha dura contra manifestações políticas, como exposto há algumas horas em entrevista ao jornal The Telegraph, mas a onda de protestos que eclodiu no mundo nos últimos dias fez com que a entidade tomasse um novo posicionamento.

Bach disse que o COI apoiará manifestações não-divisivas em apoio aos princípios olímpicos, como a não discriminação, mas não especificou que tipos de manifestações devem ser permitidos. Em vez disso, ele disse que apenas participar das Olimpíadas era uma demonstração em si.

"A não discriminação está em nosso DNA", afirmou Bach. "Todo mundo que participa do movimento olímpico defende esses valores e já está demonstrando esses valores participando dos Jogos Olímpicos".

Na sequência, em uma teleconferência com jornalistas, Bach declarou que o conselho Executivo do COI apoia a iniciativa da Comissão de Atletas de explorar diferentes maneiras de como os esportistas olímpicos podem expressar suas opiniões. O presidente citou o sexto princípio da Carta Olímpica, que prevê que “toda e qualquer forma de discriminação relativamente a um país ou a uma pessoa com base na raça, religião, política, sexo ou outra é incompatível com a pertença ao Movimento Olímpico”.

Imagem: Reprodução/COI

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