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Toshiro Muto afirma que Jogos Olímpicos de Tóquio podem "não ser convencionais"


O diretor-executivo do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio, Toshiro Muto afirmou hoje (15), que tais eventos multi-esportivos podem não ocorrer da forma "convencional" como são conhecidos. As Olimpíadas foram adiadas para 2021, por causa da pandemia de coronavírus e agora passam por uma série de readequações por causa dos custos do reagendamento. 

"Os Jogos que teremos em um ano podem não ser os mesmos Jogos Olímpicos e Paralímpicos convencionais que conhecemos", enfatizou. "Estamos avaliando todas as áreas possíveis. É hora de todos nós revisarmos quais são os elementos essenciais para os Jogos. Acho que poderíamos criar novos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos, algo exclusivo de Tóquio".

Quase dois meses após o anúncio do adiamento dos Jogos Olímpicos para 2021, Muto afirmou que não consegue estimar o custo total do reagendamento do evento. Números divulgados por jornais japoneses informam que seriam gastos valores entre US$ 2 e US$ 6 bilhões, e que a maioria desses custos seriam financiados por entidades governamentais do país. 

As declarações de Muto surgem no dia seguinte ao anúncio do Comitê Olímpico Internacional (COI) de que os gastos da entidade com o adiamento das Olimpíadas devem chegar a US$ 800 milhões. Deste montante, US$ 150 milhões serão utilizados para fortalecer o Movimento Olímpico, auxiliando as Federações Internacionais. Os US$ 650 milhões restantes serão destinados às despesas operacionais dos Jogos de Tóquio. O presidente do COI, Thomas Bach não especificou quais são esses custos operacionais.

Entretanto, Muto também não soube detalhar como será utilizado o dinheiro disponibilizado pelo COI. "Com relação à discriminação de como esse dinheiro será utilizado, o COI indicou que é muito cedo para saber. Portanto, no comitê organizador, não temos ideia de todos os detalhes de como esse dinheiro será investido", ressaltou. 

O alto custo das Olimpíadas são uma questão polêmica no Japão, uma vez que o país enfrentará uma recessão econômica após a pandemia. No entanto, Tóquio deve cumprir com o contrato de cidade-sede assinado em 2013 para cobrir a maior parte dos gastos com os eventos. A princípio, os valores eram estimados em torno dos US$ 7 bilhões, algo atualmente defasado perto do último balanço divulgado pelo governo japonês, ultrapassando os US$ 12 bilhões, quase o dobro do previsto.

Muto disse ainda que os organizadores seguem tentando garantir que os 43 locais de competição estejam disponíveis para 2021, mantendo assim o cronograma de eventos a partir da abertura dos Jogos Olímpicos, no dia 23 de julho, até seu encerramento, no dia 8 de agosto. 

Foto: Reuters

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