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Esgrimista japonês rejeita patrocínios durante pandemia e vira entregador de comida por aplicativo


O esgrimista Rio Miyake trocou seu florete por uma bicicleta nesses tempos de pandemia. Sem competições, canceladas pelo coronavírus, o atleta se sentiu no dever de não aceitar dinheiro de seus patrocinadores e tornou-se entregador do aplicativo de comida Uber Eats. Além de fortalecer sua renda, a atividade está servindo para não deixar seu corpo parado, mantendo sua forma física.

"Eu pensei que seria um pouco insolente receber apoio em tal situação, então eu disse a eles (patrocinadores) que cessassem (os patrocínios) por enquanto", disse o medalhista olímpico na prova do florete por equipes de Londres-2012 à agência Reuters.

Em preparação para participar de sua segunda edição olímpica em Tóquio-2020, Miyake teve seus planos abalados pelo vírus. E, sem acesso às academias, fechadas como parte das medidas preventivas à crise sanitária, o japonês sabia que precisava manter a forma física se quisesse continuar com o sonho vivo para o próximo ano.

Por isso, "juntou o útil ao agradável" e achou um jeito de ganhar dinheiro e manter-se ativo ao mesmo tempo: sendo entregador de delivery em sua bicicleta.


Ele contou à agência que começou a trabalhar para a Uber Eats há cerca de duas semanas e que ganha, em média, 2 mil ienes por dia (quase R$ 110). Apesar do valor ser considerado baixo para os padrões japoneses, uma vez que o salário médio do país asiático extrapola a casa dos 150 mil ienes (mais de R$ 9 mil), o esgrimista está feliz e consegue viver bem, sem a necessidade de apelar aos patrocínios.

 "Agora estou investindo nas minhas economias para ganhar a vida, então tenho que ganhar dinheiro sozinho. Eu também pensei que, ao fazer entregas no Uber Eats, posso manter minha força física e impedir que enfraqueça", relatou o japonês.

Perigo e futuro
Mesmo estando exposto grande parte do dia, Miyake falou que as chances de se contaminar pela Covid-19 são bem baixas, dada as políticas tomadas pela Uber Eats - e por outras empresas de aplicativo durante a crise sanitária. Ele segue todos as recomendações de higiene, deixando a comida nas portas das casas e indo embora.

Sobre seu futuro esportivo, Miyake não tem em mente quando poderá voltar a pegar seu equipamento de trabalho para voltar aos treinos. "A esgrima é um esporte que não se encaixa na situação atual porque não podemos praticar sem que as pessoas se reúnam. Isso é realmente lamentável", declarou.

Foto: Issei Kato/REUTERS

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