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Surto Recapitula: Como está o ciclo olímpico dos Esportes Aquáticos


Depois de falarmos do atletismo, vamos agora a um apanhado geral do que aconteceu até agora no ciclo olímpico dos esportes aquáticos.

Na natação, Bruno Fratus vem despontando como o único brasileiro com chances reais de medalha individual em Tóquio. Ele foi prata na prova dos 50 metros livre nos dois mundiais do ciclo: 2017 e 2019. Além de Bruno Fratus, quem também pode brigar por medalha na natação em Tóquio é a equipe brasileira do revezamento 4 x 100 metros livre, que conquistou a prata no Mundial de Budapeste em 2017 e ficou em sexto no Mundial do ano passado. 

Além da equipe 4 x 100 metros livre, o Brasil já tem as equipes de revezamento 4 x 200 metros livre e 4 x 100 metros medley classificadas para os Jogos de Tóquio. Por conta do coronavírus, a CBDA alterou a data da seletiva olímpica brasileira para o fim de junho. Porém, com a confirmação dos Jogos para 2021 e com o avanço da pandemia, é possível que esta data seja novamente alterada.

O americano Caeleb Dressel conquistou o bicampeonato mundial nas provas dos 50 metros livre, 100 metros livre e 100 metros borboleta, sendo o recordista mundial da última prova e pinta como grande favorito ao ouro olímpico nas provas mais velozes da natação. Nas provas de peito, o britânico Adam Peaty e o russo Anton Chupkov pintam como grandes favoritos. Peaty domina a prova dos 100 metros, conquistando o ouro nos dois Mundiais do ciclo e batendo o recorde mundial na edição de 2019. Já Chupkov é dominante nas provas de 200 metro e assim como o britânico, conquistou dois títulos e bateu o recorde mundial da prova na edição de 2019.

Outro que pintaria como grande favorito ao ouro em Tóquio era o chinês Sun Yang, campeão mundial nas provas dos 200 e 400 metros livre nos Mundiais de 2017 e 2019. Porém, o chinês foi punido pelo CAS com uma suspensão de 8 anos por violar o código antidoping.

Na natação feminina, a americana Simone Manuel é quem vem dominando as provas de velocidade sendo ouro nos 50 metros livre no Mundial de 2019 e nos 100 metros livre nos Mundiais de 2017 e 2019, deixando pra trás a sueca Sarah Sjöström, que bateu o recorde mundial das duas provas no Mundial de Budapeste, mas que só ficou com o ouro da prova dos 100 metros. Nas provas de medley, a húngara Katinka Hosszu continua dominante sendo ouro das provas de 200 e 400 metros nos dois Mundiais.

No Mundial do ano passado, a australiana Ariarne Titmus surpreendeu a americana Katie Ledecky, ficando com o ouro da prova dos 400 metros livre. Ledecky, tricampeã da prova, teve a sua performance prejudicada por um mal-estar que a atingiu desde que chegou a competição, fazendo-a desistir das provas dos 200 e 1.500 metros livre.


Ana Marcela Cunha é esperança de medalha na maratona aquática

Na maratona aquática, Ana Marcela Cunha esteve próxima do pódio nos dois Mundiais do ciclo na prova olímpica dos 10 km. Em 2017 ficou em quarto lugar e no ano passado ficou em quinto, resultado que lhe garantiu a vaga para Tóquio. Já na prova do 5 km ela conquistou o ouro em 2019 e na prova dos 25 km foi campeã tanto em 2017 quanto em 2019. Ana Marcela busca ser a segunda brasileira a conquistar uma medalha olímpica, já que Poliana Okimoto foi bronze no Rio 2016.

O Pré-Olímpico de Maratona Aquática, que seria disputado em Fukuoka no final de maio e definiria das últimas vagas, foi adiado e uma nova data será marcada.

Estados Unidos domina o polo aquático feminino

Atual bicampeã olímpica, a seleção dos Estados Unidos mantém a dinastia no cenário do polo aquático feminino. Durante este ciclo, as americanas conquistaram os títulos mundiais em 2017 e 2019, mais três títulos da Liga Mundial: 2017, 2018 e 2019 e da Copa do Mundo em 2018. A Espanha, vice-mundial em 2017 e 2019 e campeã europeia em 2020, vem despontando como a segunda força.

Já no masculino a disputa é bem mais equilibrada. As principais forças deste ciclo são a Croácia (campeã mundial em 2017), a Itália (campeã mundial em 2019), a Sérvia (campeã da Liga Mundial em 2017 e 2019 e europeia em 2018), a Hungria (campeã da Copa do Mundo em 2018 e europeia em 2020) e Montenegro (campeão da Liga Mundial 2018).

O Pré-Olímpico, que definirá as últimas vagas para Tóquio e seria disputado no final de maio, foi adiado ainda sem uma nova data definida. No masculino, o Brasil terá a dura missão de conseguir uma das três vagas que estarão em jogo. No feminino, o Brasil não tem mais chances de conseguir a vaga olímpica.

Domínio chinês no saltos ornamentais e domínio russo no nado artístico

A China domina as provas dos saltos ornamentais. No masculino, o destaque é para Xie Siyi, campeão do mundo no trampolim individual 3 metros em 2017 e 2019 e no trampolim sincronizado 3 metros em 2019 ao lado de Cao Yuan. No feminino, os destaques são para Shi Tingmao e Wang Han, campeãs do mundo em 2017 e 2019 no trampolim sincronizado 3 metros. No trampolim individual, Shi Tingmao foi ouro nos Mundiais de 2017 e 2019, com a parceira Wanga Han ficando com a prata nas duas edições.

Já o nado artístico permanece como uma das modalidades olímpicas mais previsíveis, já que a Rússia permanece abocanhando os títulos mundiais de equipes e duetos. 

As últimas vagas olímpicas nos saltos ornamentais estão previstas para serem definidas pelos resultados das etapas da Copa do Mundo, que foram adiadas e serão remarcadas. Já no nado artístico, as últimas vagas serão definidas em um Pré-Olímpico, com data a ser definida.

Fotos: CBDA


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