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Confederações Esportivas se unem para levar projeto esportivo para o Xingu


Diversas confederações esportivas apresentaram, no último dia 5, em Brasília para o secretário especial do Esporte Décio Brasil o Projeto Xingu Olímpico, que pretende levar a prática de diversos esportes para o Parque Nacional do Xingu, que tem a prática destes esportes na sua história milenar.

Fazem parte do projeto aConfederação Brasileira de Canoagem(CBCa), a Confederação Brasileira de Tiro com Arco (CBTARCO) e a Confederação Brasileira de Luta (CBW), junto com o Comitê Olímpico Brasileiro, o Governo do Estado do Mato Grosso e Universidade Federal do Mato Grosso.

Os esportes a serem praticados são: Canoagem Velocidade e a Paracanoagem, o Tiro com Arco e a o Tiro com Arco Paralímpico, além da Luta.

O objetivo é possibilitar a integração de atletas indígenas com as seleções brasileiras das modalidades participantes do Xingu Olímpico e também que eles possam buscar a participação em competições nacionais, internacionais, Jogos Pan-americanos, Jogos Olímpicos, Jogos Parapan-americanos e Jogos Paralímpicos e da mesma forma atender à uma população carente de atenções à saúde e ao desenvolvimento social.

“Esse projeto tem tudo a ver com o nosso trabalho aqui na Secretaria Especial do Esporte. É um trabalho de inclusão que vai aproximar a comunidade indígena das políticas que nós desenvolvemos aqui. Além disso, trabalharemos para trazer os indígenas para competir juntos com os outros atletas em competições nacionais e, quem sabe, em um breve espaço de tempo, poderemos ter indígenas compondo as equipes nacionais que disputam os grandes eventos esportivos mundiais”, comenta o secretário especial do Esporte, General Décio Brasil.

Estiveram presentes na reunião João Tomasini Schwertner, presidente da CBCa; Vicente Fernando Blumenschein, presidente da CBTARCO; Francisco José Pessoa Fernandes Junior representante da CBW; Marcos La Porta, vice-presidente do COB; Ione Carvalho, diretora do Departamento Material do IPHAN e idealizadora do Projeto Xingu; Jefferson Carvalho, secretário adjunto de Cultura, Esporte e Lazer de Mato Grosso; Carlos Fett, representante do NAFIMES/UFMT - (Núcleo de Aptidão Física, Informática, Metabolismo, Esporte e Saúde da Universidade Federal do Mato Grosso); Paulo Domingues, assessor especial para Assuntos Político-Institucionais da Senadora Leila Barros e também o Cacique Álvaro Tukano - etnia Tukano - Alto Rio Negro, Amazonas.

“Vamos mostrar aos brasileiros e para o mundo que os indígenas tem capacidade de competir com um não indígena e assim vai despertar o interesse do brasileiro pelas comunidades indígenas que eu digo sempre que são os brasileiros invisíveis, as pessoas não sabem quantos índios temos, etnias e agora ficarão sabendo através do esporte”, diz Ione Carvalho, diretora do IPHAN.

O projeto ganhou forças graças a um encontro casual em 2018 entre João Tomasini Schwertner e Ione Carvalho que começaram a amadurecer o Xingu Olímpico, logo em seguida juntou-se outros parceiros como a CBTARCO e a CBW.



“É uma ideia tripartite que nasceu desse pensamento de tornar o índio visível da Ione, estou muito emocionado porque conseguimos dar um grande salto hoje em um projeto que vai transformar o nosso esporte, vai ser um grande pool que poderá levar indígenas para os Jogos Olímpicos de 2024”, afirma João Tomasini Schwertner, presidente da CBCa.


Os esportes que serão praticados estão no modo de vida na região Norte do Brasil, a ideia agora é que eles passem a conhecer profissionalmente e que também que esta ação possa transformar a vida deles. 

“É um sonho antigo já estamos há um bom tempo trabalhando para conseguir colocar esse projeto em prática e agora com todos esses apoios eu saio muito feliz e saber que fizemos um bom trabalho e vamos fazer justiça ao indígena e mostrar que ele é o protagonista disso tudo”, fala Vicente Fernando Blumenschein, presidente da CBTARCO. 

Para implementar os polos esportivos será necessário a aquisição de novos equipamentos e adequados com excelência utilizados em competições internacionais, elevar o nível técnico dos atletas para a utilização dos materiais atualizados além da preparação de técnicos e auxiliares técnicos que serão indígenas para dar o suporte na preparação e nos treinamentos. Em uma outra frente haverá formação de árbitros indígenas de nível nacional e internacional. 

“É um grande sonho para o nosso esporte e poder desenvolver um projeto desse com onde vamos a fundo na luta tradicional do Brasil, mostrar a cultura da luta brasileira através do esporte será uma oportunidade para o Mundo”, diz Francisco José Pessoa Fernandes Junior, representante da CBW. 

Com a prática esportiva nas áreas indígenas há possibilidade de descobrir novos talentos que poderão representar o Brasil nas próximas edições olímpicas e em eventos internacionais e o Comitê Olímpico Brasileiro está de olho nesse projeto. 

“O COB é sempre parceiro nos projetos que envolva as Confederações e que vai trazer beneficio para o esporte olímpico, nós temos o total interesse em apoiar”, comenta Marcos La Porta, vice-presidente do COB. 

Também haverá um trabalho na área científica que será desenvolvido pela Universidade Federal do Mato Grosso, “isso vai virar um projeto de dissertação e colocar a universidade a par de todas as discussões para tocar esse projeto pra frente e na pesquisa cientifica e vamos levantar esses dados e vai ser uma coisa inovadora”, diz Carlos Fett, representante do NAFIMES/UFMT - (Núcleo de Aptidão Física, Informática, Metabolismo, Esporte e Saúde da Universidade Federal do Mato Grosso).

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