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Campeão Mundial da Barra Fixa, Arthur Nory projeta temporada de conquistas em 2020


Conquistar o título mundial em 2019 foi a realização de um sonho para Arthur Nory. O ginasta tornou-se campeão de barra fixa no Mundial realizado em Stuttgart e tem metas bem definidas para 2020: integrar a equipe que representará o Brasil nos Jogos Olímpicos na capital japonesa e brigar por medalhas no evento.

Bronze no solo nos Jogos de 2016, Nory diz que os próximos meses de trabalho serão uma extensão do que foi feito no ano passado. “A gente sabe o que fez em 2019 para ter um resultado muito bom. É pegar as melhores coisas, ver o que dá para melhorar, porque sempre é possível melhorar, e trabalhar em cima disso. Hoje, o principal é estar bem de saúde. Estando bem, ‘eu sou o bicho’”, avisa, brincalhão.

Mas a base para levar essa ferocidade até Tóquio está sendo construída com toda seriedade agora porque começo de ano é época de preparação. “O foco está no condicionamento físico, em cuidar da alimentação para voltar à forma o mais rápido possível”, explica Nory. No último dia 26, ele iniciou o primeiro período de treinos com a seleção, no Rio de Janeiro. Lá, a comissão técnica define a programação até os Jogos Olímpicos. A primeira competição oficial deverá ser em março.

A equipe masculina já está classificada para o evento na capital japonesa, os atletas que vão integrá-la, porém, ainda serão definidos. “A briga continua. Estou muito grato por todo trabalho para chegar ao resultado que eu queria tanto. Eu falava todo dia que queria ser campeão mundial. Agora quero ir para a Olimpíada, quero ser campeão olímpico. É um pensamento que fico atraindo para mim. Eu quero isso e vou trabalhar para conseguir”, diz Nory.

Estratégia campeã
Na temporada passada, o ginasta e o técnico Cristiano Albino trabalharam duas séries na barra. A primeira tinha boa nota de partida e era a apresentação de segurança, aquela que o atleta executa com altíssimo grau de perfeição. A segunda, mais elaborada, podia render nota final mais alta, mas oferecia mais riscos na execução. Na final do Mundial, Nory e seu treinador optaram pela série mais segura com a execução mais limpa possível após assistirem à apresentação de alguns adversários. O resultado foi o título.

A estratégia será mantida esse ano, mas elevando o nível de dificuldade das apresentações. “Ginástica é muita repetição, mas é importante você ter uma carta na manga quando precisar, e finais são o momento para isso. Mantenho as duas opções e vamos melhorar a execução e repetir mais vezes a série mais difícil, que não repeti tanto no ano passado. Vou treinar a série mais difícil para a execução se tornar fácil”, explica o atleta.

Assim como no início do ciclo, o ginasta continuará treinando todos os aparelhos, mas sem perder o foco das provas em que acumula os melhores resultados: solo e barra fixa. Na barra, aliás, além do recente título mundial, ele já tinha ficado em quarto, em 2015, na edição realizada em Glasgow, na Escócia. E Nory tem certeza que, se estiver fisicamente bem em Tóquio, pensar em pódio no solo e na barra não é exagero.

“Para a Olimpíada, vou treinar tudo, mas o foco são esses dois aparelhos. Pelas séries, pelo ano passado, se estou 100% fisicamente, posso lutar com todos frente a frente no solo e na barra. Acredito que é possível”, ressalta. “Dedicação total é fundamental para chegar ao auge no período da Olimpíada”, finaliza, confiante em conquistar vaga na seleção.

Foto; CBG/Ricardo Bufolin

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