A crise do halterofilismo egípcio está se transformando numa bola de neve. Após banimento da federação pela IWF, nesta semana os dois principais treinadores egípcios foram presos durante uma investigação sobre doping e apropriação indevida de fundos públicos. A informação é do insidethegames.
Foram os próprios atletas da equipe egípcia do levantamento de peso que delataram Mohamed Moussa e Mohamed Hosni ao Ministério do Esporte, alegando envolvimento de ambos no fornecimento de drogas ilegais a companheiros de time, visando a melhora do desempenho destes.
De acordo com reportagens de portais do Cairo, os treinadores estão recebendo acusações de peculato, desperdício de dinheiro público, forjamento de documentos oficiais e falsificação de assinaturas. Os dois foram presos em 29 de dezembro e a justiça determinou prisão preventiva de 15 dias enquanto as investigações seguem em andamento.
Em estado crítico há bastante tempo, o caso só acentua a crise que vive a Federação Egípcia de Halterofilismo (EWF).
Mahmoud Magoub, o próprio presidente da EWF e membro do Conselho Executivo da IWF, está envolvido numa investigação criminal, acusado de fraude.
Em setembro de 2019, o Egito foi banido pela federação internacional por dois anos após sucessivos escândalos de doping - muitos deles de jovens - e, portanto, não poderá enviar atletas aos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020.
Um dos maiores nomes do levantamento de peso egípcio e medalhista de bronze na Rio-2016, Mohamed Ehab anunciou sua aposentadoria após o banimento.
Além de Ehab, Sara Ahmed também conquistou uma medalha de bronze para o halterofilismo egípcio na Rio-2016. O esporte é, aliás, o que mais deu medalhas ao país em toda a história olímpica: foram 14 medalhas ganhas, sendo o dobro do segundo colocado (wrestling).
Foto: Divulgação/IWF
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