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Duas Olimpíadas depois, Globo volta à soberania da transmissão de Tóquio-2020



Nos últimos anos, a TV Globo e a Rede Record têm travado batalhas comerciais para definir quem fica com a transmissão de edições dos Jogos Olímpicos. Em Londres, o monopólio em TV aberta ficou com a Record, em uma decisão que surpreendeu parte da mídia e dos telespectadores. Neste ano, nos Jogos que serão disputados em Tóquio, a Globo volta a ter soberania, ainda que a TV Online comece a se tornar uma ameaça à emissora carioca. 

Após perder a transmissão de Londres para a Record, a Globo se apressou em ter novamente o domínio da competição. Em 2015, a emissora fechou um acordo com o Comitê Olímpico Internacional garantindo a transmissão da competição até 2032. Ainda que esse negócio não garanta exclusividade na TV aberta, esse é o mais longo acordo feito entre Globo e COI. Além disso, as transmissões para TV’s por assinatura, celular e internet são exclusivas da rede fundada pela família Marinho. 

Para 2020, o Grupo Globo já definiu como será o esquema de transmissão na TV por assinatura. O SporTV terá sete canais para transmitir o máximo de competições possíveis. A emissora tem dito que pretende veicular 1.300 horas de transmissões dos mais variados esportes. Há quatro anos, no Rio de Janeiro, foram 16 canais de TV e 4 mil horas de eventos.

Mas o que espanta mesmo é o valor pedido pela emissora de patrocínios. Para o mercado publicitário, já foram disponibilizadas seis cotas de patrocínio, cada uma custando R$ 110 milhões. Se o preço de tabela for seguido à risca, serão R$ 660 milhões apenas com publicidade. No Rio, foram seis cotas de R$ 82 milhões para a transmissão na TV paga. 

Em 2016, o Sportv alcançou o seu maior número de Ibope durante as Olimpíadas do Rio de Janeiro. A missão em Tóquio, no entanto será mais complicada. Diversas provas serão disputadas de madrugada, por causa do fuso horário. Quantos estão dispostos a acordar de madrugada para assistir uma prova de badminton ou hipismo? 

Ainda assim, todos os investimentos para ter a soberania na transmissão dos Jogos Olímpicos são válidos quando o assunto é a audiência. Prova disso é que a abertura dos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008, é, até hoje, o evento mais assistido da história. Um em cada 4 televisores do planeta presenciou o show de 15 mil artistas envolvidos na apresentação. 

foto: Ricardo Stuckert/CBF

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