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Documentos revelam doping na equipe olímpica da Nova Zelândia em Munique-1972


O portal Stuff divulgou, nesta semana, arquivos que expõem a presença de doping na equipe neozelandesa nos Jogos Olímpicos de Munique de 1972, bem como a inação de líderes do comitê olímpico perante as alegações de trapaça.

Os documentos, escavados pelos doutores Bruce Hamilton e Greg Ryan, confirmam que os anabolizantes estavam infiltrados na delegação da Nova Zelândia em 1972, comprometendo o legado imposto pelo país de ser uma nação limpa no esporte.

Segundo os relatórios, a equipe de levantamento de peso e de atletismo eram as principais contaminadas, sendo descritas por "cultura de esteroides incorporadas" nos relatórios. O único nome individual citado foi Robin Tait, do lançamento de disco.

No momento, o doping era uma crescente entre os atletas nas Olimpíadas. Os líderes do COI tentavam solucionar e algumas medidas antidoping já estavam em vigor para os Jogos de 1972. Os esteroides anabolizantes, no entanto, não estavam na lista de proibições, apesar do conhecimento sobre sua melhora de desempenho.

Em seu relatório oficial pós-Jogos, o médico da equipe neozelandesa da época, Tom Anderson, disse que, embora a legalidade dos esteroides estivesse "aberta a questionamentos", seu uso "quebrou o espírito, se não a letra da lei". 

Anderson afirmou que os atletas flagrados com esteroides em Munique deveriam ser banidos. O chefe de missão e vários membros da equipe médica chegaram a delatar os atletas ao Comitê Olímpico da Nova Zelândia, mas nada foi feito.

Na Olimpíada de 1972, o país oceânico conquistou três medalhas, sendo uma de ouro, uma de prata e uma de bronze. Os documentos, entretanto, não sugerem que os medalhistas utilizaram de algum meio ilícito para obterem suas conquistas.

Através de seu porta-voz, o Comitê Olímpico da Nova Zelândia disse que os achados dos pesquisadores é um importante lembrete para continuarem a manter as lideranças sobre as questões éticas no esporte. 

"Hoje, somos conhecidos no movimento olímpico por ter um forte senso de integridade e isso nos lembra que precisamos continuar defendendo as coisas e permanecer sendo exemplo, mesmo que isso signifique tomar decisões difíceis", declarou ao Stuff.

Foto: Arquivo/Auckland Star

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