Últimas Notícias

Thomaz Bellucci revela ter entrado em depressão durante suspensão por doping



Em entrevista ao 'Behind The Racquet', do Tennis Channel, o ex-top 25 do mundo Thomaz Bellucci, segundo melhor ranqueado do Brasil, em simples, da história, revelou seus sentimentos durante os cinco meses que ficou suspenso no segundo semestre de 2017 até o começo de 2018. O tenista relatou as dificuldades para o retorno onde se encontra no 321º lugar e não conseguiu engrenar nos últimos dois anos.

"É muito duro jogar pequenos torneios, que não joguei quando era menor. É um processo para mim. Dois anos atrás tive problemas com suplementos e medicações e fui forçado a parar de jogar por cinco meses e meu ranking despencou. Foi algo muito ruim em minha vida, ficar em casa, sem competir. Fiquei muito deprimido por muitas razões. Estava preocupado com minha imagem e o exemplo que daria às crianças em casa. Não temos muitos jogadores no Brasil e ver um dos melhores suspenso nunca é uma boa coisa". 

Bellucci afirmou que a confiança ainda demorou a aparecer durante as partidas: "Demorou um tempo para ficar melhor e me puxar pra cima. Depois disso não tinha confiança que poderia voltar ao top 100 e tive ainda que lidar com lesões que me deixaram pior e pior.  Tirando isso, ainda curto competir, mas me dou mais alguns anos para tentar voltar ao top 100 até parar"

Belluci também deu um tocante depoimento do relacionamento complicado que tinha com os seus pais, com muita cobranças e brigas: "Desde pequeno sofria pressão que os meus pais colocavam em mim, que meu pai colocou em mim. O relacionamento entre os jogadores e os pais normalmente é um problema. Muitos não sabem como ajudar seus filhos na direção correta. Sofri porque queria ser um tenista e tinha que provar a eles. Quando parar de jogar quero ajudar os pais e jogadores a aprenderem em não colocar pressão por vitória. Acho que quando era mais jovem muitas vezes não conseguia curtir o esporte. Não culpo meus pais porque eles nunca jogaram tênis, não sabiam muito. Conheciam muito pouco o quão duro é vencer um torneio ou ser um profissional; quando perdia um jogo, não recebia o suporte ou eram amigáveis. Eram muito negativos, constantemente chorava após derrotas sabendo o que eles me diriam de ruim. Não era um bom ambiente para me desenvolver. Não os culpo, só não quero que outros cometam o mesmo erro. Quero ajudar os novos jogadores passando minhas experiências".

foto:João Pires/Photojump

0 Comentários

.

APOIE O SURTO OLÍMPICO EM PARIS 2024

Sabia que você pode ajudar a enviar duas correspondentes do Surto Olímpico para cobrir os Jogos Olímpicos de Paris 2024? Faça um pix para surtoolimpico@gmail.com ou contribua com a nossa vaquinha pelo link : https://www.kickante.com.br/crowdfunding/ajude-o-surto-olimpico-a-ir-para-os-jogos-de-paris e nos ajude a levar as jornalistas Natália Oliveira e Laura Leme para cobrir os Jogos in loco!

Composto por cinco editores e sete colaboradores, o Surto Olímpico trabalha desde 2011 para ser uma referência ao público dos esportes olímpicos, não apenas no Brasil, mas em todo o mundo.

Apoie nosso trabalho! Contribua para a cobertura jornalística esportiva independente!

Digite e pressione Enter para pesquisar

Fechar