Trabalhando a todo vapor no planejamento de Tóquio 2020, o COB já se vê preocupado com o futuro. O presidente da entidade, Paulo Wanderley, declarou em entrevista concedida ao diário "Lance!" que está preocupado com a redução orçamentária do governo federal para o esporte, que está prevista para 2020.
A proposta de Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2020 enviada pelo presidente Jair Bolsonaro ao Congresso Nacional é de R$ 220 milhões para a área. Trata-se de uma queda de 49% em relação a 2019, quando a projeção indicava R$ 431 milhões.
Como ainda recebe recursos de loterias federais por meio de lei federal, o COB não deverá ser afetado a curto prazo, mas o futuro preocupa Paulo Wanderley: "A responsabilidade do COB com o esporte de alto rendimento independe da Lei Orçamentária. Mas serão afetados os projetos voltados para o Bolsa Atleta, Bolsa Pódio e os de apoio ao esporte de base. Como a responsabilidade com a base é do governo federal, nosso futuro esportivo estará obviamente ameaçado com a restrição financeira." explicou.
Paulo Wanderley também explicou o que já foi identificado pela entidade em relação a esse futuro com poucas verbas, tanto para a revelação de novos atletas quanto a manutenção dos atletas de alto rendimento: "Já identificamos problemas a médio e longo prazos em relação à renovação das equipes. É necessário o esforço de todos do segmento esportivo para que tenhamos investimentos que possibilitem o surgimento de novos valores para integrar as equipes olímpicas. Além disso, pensa-se muito em surgimento, mas temos atletas já identificados que precisam também de suporte para atingir o alto rendimento."
O presidente do COB também foi questionado sobre sua opinião sobe o projeto da Senadora Leila Barros, de refinanciar a dívida de confederações esportivas :"O projeto de lei de autoria da senadora Leila visa gerar uma oportunidade para que o esporte brasileiro equacione suas pendências, o que será positivo no curto e médio prazo para todos."
foto: Divulgação/COB
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