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Petrucio Ferreira revela confiança alta por conta de boas marcas após acidente e desafio em correr os 400m no Parapan


O velocista paralímpico Petrúcio Ferreira vai para os Jogos Parapan-americanos de Lima amadurecido pelos os acontecimentos de 2019 em sua vida. No início do ano, ele sofreu um acidente ao saltar em um rio, onde bateu com a cabeça em uma pedra, quebrando dois dentes e cortando o queixo e os lábios.

O que poderia ser algo que poderia prejudicar sua preparação se tornou combustível para ir mais rápido e ter resultados melhores do que do ano passado, mesmo começando a treinar forte mais tarde dos que os adversários: "Eu tive esse pequeno susto no início do ano e consegui não só virar a página, mas joguei o livro inteiro desses acontecimentos fora para tocar a vida pra frente. E eu já consegui, correndo até melhor do que os meus resultados anteriores. Isso me deixou com uma confiança enorme para as próximas competições. Se no início, depois que tudo que aconteceu comigo, eu voltei a fazer os resultados de antes, imagina agora 100% recuperado e treinado?" contou Petrucio, que corre na categoria T47 - para amputados dos membros superiores - em entrevista exclusiva ao surto olímpico.

Petrucio vai para a capital peruana sem estar no seu auge - apesar dos ótimos tempos obtidos nos últimos meses - e diz que seu foco é estar no seu melhor no mundial de atletismo paralímpico: "Eu iria para  Lima mais forte, mas devido ao meu acidente no início do ano, mudamos um pouco o planejamento. Com essa mudança digamos, que vou para o Parapan um pouco mais pesado, mas mesmo não estando 100% quem sabe surge uma forcinha extra ali, da empolgação da hora da prova eu consiga ali um bom resultado?"

Com os 200m rasos - prova que é o recordista mundial com 21s10 - de fora dos programas do parapan e do mundial, Petrucio encarou treinamentos diferentes para se adaptar aos 400m rasos, prova que ele admite que foi medalha de prata nos jogos rio 2016 praticamente sem treinar: "Nos Jogos do Rio eu não treinava os 400m e aquilo foi o um grande susto para vários atletas do mundo, ver um cara que não estava no ranking mundial chegar e pegar uma prata. "A diferença de correr os 100 e os 400 é que em uma eu preciso de velocidade e outra eu preciso de resistência. Treinar para 100m e 400m, o desafio é conseguir ir bem nos 400 sem que eu perca rendimento nos 100, então estamos uma buscando uma média para correr bem nessas duas provas"

Petrúcio - que teve parte do braço decepado em uma máquina de moer capim aos 2 anos de idade - afirma que tanto o Parapan e o mundial serão importantes para avaliar os seus adversários e buscar o seu objetivo de se tornar o atleta paralímpico mais rápido do mundo - ele está a 0.04s de de Jayson Smith, atleta paralímpico mais rápido do mundo com 10s46. Petrúcio chegou a bater a marca em junho com 10s37, mas a marca foi invalidada por conta do vento, que estava a 2.3 m/s - o máximo permitido é 2.0 m/s

"Esses campeonato nos dão uma noção de como estão os atletas adversários, como eles estão se preparando. O mundial será o principal parâmetro, onde vou estudar os adversários pra chegar no ano que vem em Tóquio melhor ainda. E foi uma pena a minha marca não ser validada por conta do vento estar quase nada acima do permitido.  Seria um tempo maravilhoso para mim, pois minha melhor marca é 10s50 e eu corri 10s37..." concluiu

foto: Wagner Carmo/ Exemplus/CPB

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