O Tribunal Federal Suíço reverteu uma medida anterior em que teria retirado os limites de testosterona impostos pela Federação Internacional de Atletismo (IAAF) à corredora de meia distância Caster Semenya (RSA), segundo um porta-voz da bi-campeã olímpica nos 800m, em Londres e no Rio de Janeiro.
A solução seria que Semenya tomasse remédios que reduziriam o nível de hormônios que seu corpo produz, mas ela sempre recusou fazer isso. Assim, a atleta não poderá correr nenhuma distância entre 400 metros e uma milha (1.609,344 metrros) e deverá ficar de fora do Mundial de Atletismo que começa no fim do mês de agosto, em Doha.
"Estou muito desapontada de não me permitirem defender o meu título que conquistei a duras penas. Mas isso não vai me impedir de continuar minha luta pelos direitos humanos que diz respeito a todas atletas femininas", disse a sul-africana, que foi campeã mundial dos 800m em 2009, 2011 e 2017.
A IAAF argumenta que algumas diferenças biológicas a dão vantagens injustas, ainda que ela seja considerada mulher, se identifique como mulher e tenha sido criada como mulher. A entidade máxima do atletismo já disse estar buscando "garantir uma competição justa à todas as mulheres", fazendo classificações com base em diferenças de desenvolvimento sexual (DSD).
Foto: EPA-EFE
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