O Brasil inicia nesta terça-feira (18.06) a participação no 17°
Campeonato Mundial Sub-21 de vôlei de praia, que nesta temporada
acontece na cidade de Udon Thani (Tailândia). A delegação brasileira é
composta por quatro duplas, duas em cada naipe, e busca manter o
histórico de resultados positivos – o país é o atual campeão dos dois
gêneros e o maior vencedor do torneio, com 14 títulos entre homens e
mulheres.
No naipe feminino, Thamela e Ingridh (ES/PR), comandadas pelo técnico
Marcelo Carvalhaes, disputam o classificatório em busca de uma das
últimas quatro vagas à fase de grupos. Elas terão que vencer três jogos
eliminatórios para avançarem na competição. A estreia na rodada 1 será
contra as espanholas Aina Munar e Sofia González, às 22h30 desta segunda
– manhã de terça-feira na Tailândia. Ingridh, que disputará o primeiro
mundial, comentou a expectativa.
“É uma sensação indescritível ter essa chance, aquela coisa de querer
dar meu melhor, representar meu país. É algo novo, todas as meninas já
disputaram um mundial de base, e eu estou estreando. Muitas vezes eu nem
acredito que estou aqui, é um sonho realizado. O trabalho feito em
Saquarema foi incrível, é experienciar o alto nível e o profissionalismo
total, viver o que as meninas que estão disputando a corrida olímpica
estão vivendo. Treinamos em três períodos, realizamos os exercícios
específicos de academia, temos a recuperação com fisioterapia e
criogenia, alimentação. Vamos muito bem preparadas e acreditando que,
acima de tudo, já deu certo”, disse Ingridh, defensora da dupla.
Já Vitoria e Victoria (RJ/MS) estão garantidas direto na fase de
grupos e entram em quadra a partir de quinta-feira (20.06). Os grupos
são divulgados na noite de quarta, após o final do classificatório,
quando os 32 times são finalmente definidos.
No naipe masculino, quem entra em quadra primeiro é a dupla Lázaro
Lyan e Gabriel Zuliani (GO/PR), que disputa o classificatório, nos
mesmos formatos do naipe feminino: três jogos eliminatórios para ficar
entre os quatro ‘sobreviventes’. O primeiro compromisso do time
comandado pelo técnico Robson Xavier será às 23h20 desta segunda – manhã
de terça na Tailândia – contra os canadenses Steven Abrams e Joshua
Timukas.
Já os irmãos gêmeos Rafael e Renato entram direto na fase de grupos, a
partir de quinta-feira. Renato já tem títulos de campeão mundial Sub-19
e Sub-21, e pela primeira vez fará parceria com o irmão em um mundial
de base. Ele comentou a expectativa e espera que as experiências
anteriores nos torneios de base possam auxiliar dentro de quadra.
“Estou muito feliz em poder representar o Brasil em mais uma
competição internacional. Estamos com as melhores expectativas
possíveis. Esperamos ter uma adaptação boa ao clima, ao fuso e jogarmos
bem. Disputei outros mundiais de base, espero que essa experiência ajude
dentro de quadra. Rafael também já disputou torneios, mas por já ter
vivido algumas coisas e ter rodado um pouco mais, vou tentar ajudá-lo.
Nos conhecemos muito bem, temos um entrosamento muito bom e vamos buscar
apresentar nosso melhor, a preparação em Saquarema foi excelente e nos
ofereceu toda base necessária”, destacou.
Cada país pode ter até duas duplas inscritas no torneio, uma já
classificada direto na fase de grupos, e outra que disputará o
classificatório, rodada eliminatória anterior que define as últimas
quatro vagas disponíveis. Após o classificatório, os 32 times são
divididos em oito grupos de quatro, jogando entre si. Os três melhores
avançam para a fase de ‘mata-mata’.
As duplas realizaram a preparação com períodos de treinamento no
Centro de Desenvolvimento de Voleibol, em Saquarema (RJ). O último
ocorreu no dia 3 deste mês, com apoio de profissionais de preparação
física, fisioterapia, nutrição, além do estudo de vídeos. O processo
também foi realizado em parceria com os centros de treinamento locais.
Na última edição do torneio, em 2017, o Brasil foi campeão nos dois
naipes, com Adrielson/Renato (PR/PB) e Duda/Ana Patrícia (SE/MG). O
Brasil é o país com mais conquistas, tendo vencido 14 títulos, sendo
seis no masculino e oito no feminino (veja todos os campeões abaixo). É
também o único país que conseguiu um bicampeonato nos dois naipes.
Foto: FIVB
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