A equipe brasileira de saltos ornamentais que defenderá o país nos Jogos
Pan-Americanos de Lima, entre 26 de julho e 11 de agosto, está fechada.
O time foi definido durante o Troféu Brasil, que teve início na
quarta-feira (20.03) e se encerrou no último sábado (23.03), no Centro de
Excelência em Saltos Ornamentais da Universidade de Brasília (UnB). A
competição serve, também, para a definição do time que disputará o
Campeonato Mundial de Desportos Aquáticos, entre 12 e 28 de julho, em
Gwangju, na Coreia do Sul.
Trampolim feminino
» Juliana Veloso (Fluminense)
» Luana Lira (Instituto Pró-Brasil)
Trampolim masculino
» Ian Matos (Fluminense)
» Luís Felipe Moura (Instituto Pró-Brasil)
Plataforma feminino
» Ingrid de Oliveira (Fluminense)
» Andressa Mendes (Instituto Pró-Brasil)
Plataforma masculino
» Isaac Souza (Instituto Pró-Brasil)
» Kawan Pereira (Instituto Pró-Brasil)
Do grupo, Juliana Veloso, no trampolim de 3 metros; Luana Lira, no
trampolim de 1 metro; e Ingrid de Oliveira e Isaac Souza, na plataforma,
já conquistaram índices para o Mundial da Coreia do Sul. Outros atletas
ainda podem conquistar o índice para o Mundial neste sábado.
Juventude formada no Centro de Excelência
O time que disputará o Pan de Lima é composto por veteranos e novatos
que ainda estão na categoria juvenil, como Luís Felipe e Kawan, ambos
de 16 anos. Dos oito classificados, Ian Matos, 29 anos, que já disputou
dois Jogos Pan-Americanos, em Guadalajara-2011 e Toronto-2015, e é um
dos mais experientes, ao lado da veterana Juliana Veloso, de 39 anos.
Além dele, Ingrid (Toronto-2015) e Andressa (Guadalajara-2011) também já
competiram no megaevento continental.
Geração promissora
Com a experiência de quem já atuou como técnico em quatro edições dos
Jogos Pan-Americanos (Santo Domingo 2003, Rio 2007, Guadalajara 2011,
Toronto 2015) e quatro edições dos Jogos Olímpicos (Atenas 2004, Pequim
2008, Londres 2012 e Rio 2016), Ricardo Moreira acredita que o Brasil
pode fazer uma boa apresentação em Lima.
"Estou muito animado com essa equipe. Essa geração que está vindo
agora, pela estrutura que eles têm de trabalho e pelo o que já estão
fazendo, têm condições de conquistar resultados ainda mais expressivos
do que os que a gente já conquistou. Nos últimos quatro Pan-Americanos
nós ganhamos medalhas e acredito que nesse não vai ser diferente. Vamos
para lá pensando em pódios".
"O Pan é sempre uma competição forte. Alguns dos principais países da
modalidade, como Estados Unidos, Canadá e México, que estão sempre
conquistando medalhas em Jogos Olímpicos, costumam levar grandes
atletas", lembra Ricardo, que também é presidente da Confederação
Brasileira de Saltos Ornamentais (CBSO).
Empolgação nas alturas
Caçulas da equipe do Pan, Luís Felipe e Kawan estão animadíssimos com
a classificação para a competição na capital peruana. Ambos prometem
treinar ainda mais duro nos próximos meses para chegarem no auge da
forma física e técnica em Lima.
"Eu treino há seis anos. Comecei no Gama (DF), onde moro, e aqui no
Centro da UnB treino há cinco anos, desde que foi inaugurado", conta
Luís Felipe. "Para mim é bem interessante essa classificação, já que vai
ser meu primeiro Pan-Americano adulto. Sou novo, tenho só 16 anos, e já
estou participando desses campeonatos. Me dá um ânimo grande mesmo.
Tenho ainda mais vontade de saltar", prossegue o brasiliense, que vive
uma rotina intensa para evoluir no esporte. "Eu treino todo dia, de
segunda a sexta, das 7h às 11h30, e, no sábado, das 8h às 12h. Acordo às
5h para vir para cá treinar e depois vou para a escola e saio só 18h",
relata.
Kawan conta que a classificação dele e de Luís Felipe foi resultado
de muita dedicação. "A gente estava treinando muito. Há uns três meses,
começamos a treinar ainda mais forte justamente para tentar passar nessa
seletiva. Conseguimos a vaga para o Pan e vai ser minha primeira vez
tanto no Pan quanto em uma competição adulta. Estou muito feliz",
comemora o saltador. "É uma motivação a mais. É um motivo para eu me
esforçar mais um pouco para, quem sabe um dia, chegar a um Mundial
adulto e a uma Olimpíada", sonha Kawan.
Voz da experiência
Na outra ponta da equipe, Ian Matos acredita que, tecnicamente, nem
tem muito a passar para os mais novos. "Eu acho que não tenho muita
coisa para mostrar para eles, pois eles são atletas muito bons. São
atletas que têm um nível de competição bem bacana. Desde que eles tinham
14 anos eles participam de campeonatos sul-americanos, pan-americanos e
de mundial no juvenil", explica Ian.
"O que posso falar é sobre a experiência de estar na Vila
Pan-Americana e daquilo ser como uma mini-Olimpíada. Posso falar dessa
questão da vivência. Os Jogos Pan-Americanos são muito grandes e é bem
diferente de um sul-americano ou de um pan-americano dos saltos
ornamentais ou mesmo de um Mundial da modalidade. Da minha parte, essa é
a conversa que tenho que ter com eles, porque a experiência de
competição esses meninos têm de sobra", continua o saltador.
Medalha de prata na plataforma sincronizada em Toronto 2015, Ingrid
de Oliveira conta que a meta é repetir o pódio em Lima. "O meu foco é
ganhar medalha no individual. E também vou treinar bastante o
sincronizado com a Andressa para a gente entrar com chances de medalha",
avisa a carioca.
Assim como Ian, ela elogia os novatos e diz que tem muita fé na nova
geração. Para Ingrid, o mais importante para os estreantes é manter a
calma. "É um time bem novo, mas acho que eles são muito bons e suportam a
pressão, porque já competiram bem na categoria juvenil. Acho que eles
estão preparados. Quando disputei o Pan em 2015, fiquei um pouco
nervosa, já que era o meu primeiro grande evento na categoria adulta. O
que vou tentar passar para eles é que tenham tranquilidade. Vou tentar
explicar que o importante é competir com calma e esquecer que está no
Pan-Americano. Por mais que seja uma competição grande, o importante é
tentar encarar como uma competição normal", ensina Ingrid.
Com informações de: Rede do Esporte
Foto: Divulgação
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