Na edição desta segunda-feira (25) o jornal francês Le Monde afirmou que um ex-diretor da Associação Internacional de Boxe (AIBA) manipulou resultados do torneio olímpico da modalidade no Rio 2016.
O Le Monde, em conjunto com o Bulgaria Today, analisar o material da investigação da AIBA sobre a manipulação de lutas nos Jogos de 2016, a qual não foi publicada, em que suspeitava-se do diretor executivo Karim Bouzidi e de cinco juízes e jurados das lutas.
Os seis foram expulsos dos Jogos três dias antes do final do torneio após inúmeras reclamações de resultados manipulados. Bouzidi se recusou a depor perante a comissão criada pela AIBA para investigar o caso após os Jogos e não respondeu aos dois jornais.
Atualmente, Bouzidi é lobista do atual presidente afastado da entidade, Gafur Rakhimov. O diretor executivo da entidade, Tom Virgets, disse apenas que se ele estiver fazendo lobby é por conta própria. Virgets falou com Bouzidi recentemente sobre boxe profissional e a World Series of Boxing (WSB).
Sobre as conclusões da investigação aberta pela AIBA, Virgets falou que aconteceram erros, mas não havia evidência de manipulação.
Ex-presidente suspeitava de três países
O ex-presidente da AIBA, C.K.Wu, suspeitava claramente de três países. Em um e-mail enviado para Virgets, o taiwanes disse que o Bouzidi, ao lado do diretor esportivo, influenciaram cinco juízes para favorecer determinados países.
Em uma gravação telefônica obtida pelos jornais, um dos juizes conversou com um membro da equipe da Mongólia pedindo 250 mil dólares para que o lutador do país chegasse a final. O dinheiro não foi pago e o mongol caiu na semifinal para um francês no dia seguinte.
Wu determinou na época que Virgets analisasse as lutas de boxeadores da França, do Azerbaijão e do Cazaquistão em busca de provas da manipulação.
No Rio 2016, a França levou seis ouros, após dois torneios fracos e 2008 e 2012. Não houve prova de que os franceses foram favorecidos, entretanto um membro da Federação da França disse que todas as disputas apertadas tiveram vitórias francesas.
O presidente da Federação da França, Andre Martin, negou que as vitórias dos boxeadores de seu país haviam sido "roubadas".
Kevinn Babaud, que foi o diretor técnico da equipe francesa no Rio 2016, também negou que houve favorecimento em relação a sua equipe e que o que aconteceu foi uma mudança de estratégia entre os Jogos de 2012 e 2016, em que a França sediou diversos torneios e participou de muitas competições, para se tornarem "conhecidos" dos juízes. Segundo Babaud: "Quando uma luta é apertada, ajuda se o boxeador é conhecido ou já ganhou um título."
"No Rio tivemos essas garantias, pois os nossos atletas eram bem conhecidos", completou Babaud.
Foto: Getty Images
Kevinn Babaud, que foi o diretor técnico da equipe francesa no Rio 2016, também negou que houve favorecimento em relação a sua equipe e que o que aconteceu foi uma mudança de estratégia entre os Jogos de 2012 e 2016, em que a França sediou diversos torneios e participou de muitas competições, para se tornarem "conhecidos" dos juízes. Segundo Babaud: "Quando uma luta é apertada, ajuda se o boxeador é conhecido ou já ganhou um título."
"No Rio tivemos essas garantias, pois os nossos atletas eram bem conhecidos", completou Babaud.
Foto: Getty Images
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