Fechado desde o início de dezembro de 2018 para uma reforma na
cobertura, o velódromo do Parque Olímpico da Barra, uma das estruturas
mais importantes do legado olímpico dos Jogos Rio 2016, será reaberto
oficialmente no sábado (09.02), quando o local recebe o Circuito
Mineirinho de Jiu-jitsu.
O evento, que integra o calendário de competições da Federação de
Jiu-Jitsu Desportivo do Rio de Janeiro (FJJD-Rio), marca o início de uma
longa estrada a ser percorrida pelos lutadores até chegar às principais
competições internacionais da modalidade: o Grand Slam, em Londres e
Los Angeles, e o World Pro, em Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes
Unidos. O acesso do público é gratuito, bastando levar 1kg de alimento
não perecível. Tudo o que for arrecadado será doado a uma instituição de
caridade.
De iniciativa da Autoridade de Governança do Legado Olímpico (AGLO), a
obra de infraestrutura realizada no Velódromo teve como objetivo
garantir a recuperação do telhado, afetado, desde julho de 2017, por
dois incêndios causados por balões e, posteriormente, por um temporal.
Proveniente de orçamento próprio, a AGLO investiu R$ 1,7 milhão para
reformar todas as áreas danificadas pelos balões e pela chuva torrencial
registrada no fim do ano passado.
Segundo o presidente da AGLO, Paulo Márcio Dias Mello, após o término
da intervenção ainda será necessária a colocação, na cobertura, de uma
proteção contra incêndios, o que deve ser feito pela Prefeitura
Municipal do Rio de Janeiro.
"Na verdade, a gente resolveu tomar a frente dessa obra para garantir
que o velódromo não fique danificado por muito tempo, o que poderia
ocasionar futuros riscos de deterioração, além da sua inutilização por
parte de atletas das mais variadas modalidades", explicou Paulo Márcio.
"Então, decidimos recuperar o telhado em definitivo, já que a Prefeitura
ia demandar tempo para contratação das empresas responsáveis para sua
devida recuperação", prosseguiu.
Encerrada essa etapa de recuperação, caberá ao município a instalação
de um sistema de proteção contra incêndios na cobertura. "A medida já
vem sendo tomada pela Prefeitura do Rio, que já deu início a um processo
licitatório sobre essa e outras ações relacionadas à estrutura
olímpica".
Fogo e chuva
Em julho de 2017, um incêndio provocado pela uma queda de um balão
consumiu parte da cobertura do Velódromo. A fim de garantir o imediato
funcionamento da estrutura, a AGLO realizou uma obra emergencial, orçada
em R$ 200 mil, para restaurar a área afetada.
O Velódromo voltou a ser atingido por um balão no fim de novembro do
mesmo ano. Após o segundo incidente, a AGLO realizou outra recuperação
provisória, ao custo de R$ 63 mil, o que garantiu a realização das
competições previstas no calendário.
Em novembro do ano passado, a cobertura da arena foi novamente
afetada, dessa vez por uma chuva torrencial que danificou outra parte do
telhado. Depois disso, a AGLO decidiu fazer uma nova e definitiva
intervenção para assegurar o pleno funcionamento do Velódromo em 2019.
Foto: Rede do Esporte
0 Comentários